Antropologia e Filosofia Política: uma relação estranha? Ou como analisar controvérsias entre cidadãos seculares e religiosos em uma democracia liberal

Autores

  • Cleonardo Gil de Barros Mauricio Junior Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós-Graduação em Antropologia
  • Roberta Bivar Carneiro Campos Universidade Federal de Pernambuco
  • Eduardo Henrique de Araújo Gusmão Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8136.76599

Palavras-chave:

Religião, controvérsias, Antropologia, Filosofia Política, reflexividade

Resumo

Levando em consideração a presença constante da religião nos dilemas do século XXI, questionamos neste artigo como deve se dar a análise dos eventos que põem em rota de colisão as identidades religiosas e seculares no seio das democracias liberais. Reconhecendo que o tema em questão tem sido objeto privilegiado da Filosofia Política, pretendemos nos perguntar até onde a Antropologia, que sempre privilegiou a descrição etnográfica como modo privilegiado de conhecimento, deve acompanhar uma ciência abertamente normativa no intuito de dar conta dos inúmeros conflitos envolvendo a religião na esfera pública. Ao transpormos os termos da comparação feita por Joel Robbins entre a Antropologia e a Teologia para a nossa contraposição com a Filosofia Política, pretendemos mostrar como a Antropologia Brasileira tem assumido contornos normativos em detrimento da auto-reflexão ao encarar os dilemas de abordar o fenômeno religioso na esfera pública diante das transformações que a disciplina enfrenta.

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Biografia do Autor

Cleonardo Gil de Barros Mauricio Junior, Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós-Graduação em Antropologia

Cleonardo é mestre em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco, onde também faz seu doutorado em Antropologia. Vem desenvolvendo pesquisas sobre a relação do pentecostalismo com a cultura e sociedade brasileiras desde sua graduação em Ciências Sociais. É autor de "Vasos nas Mãos do Oleiro: a constituição do pastor pentecostal" (Editora UFPE, 2016).

Roberta Bivar Carneiro Campos, Universidade Federal de Pernambuco

PhD em Antropologia pela University of Saint Andrews. Professora Associada II do Departamento de Museologia e Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da mesma universidade.

Eduardo Henrique de Araújo Gusmão, Universidade Federal de Campina Grande

Doutor em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco Professor Adjunto III do departamento de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande

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Publicado

2018-02-06

Como Citar

Mauricio Junior, C. G. de B., Carneiro Campos, R. B., & Gusmão, E. H. de A. (2018). Antropologia e Filosofia Política: uma relação estranha? Ou como analisar controvérsias entre cidadãos seculares e religiosos em uma democracia liberal. Debates Do NER, 2(32), 143–170. https://doi.org/10.22456/1982-8136.76599