MILITÂNCIA ESPÍRITA E DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO
TENSÕES ENTRE CONSERVADORES E PROGRESSISTAS
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8136.146895Resumo
O artigo explora a dinâmica da militância espírita sobre descriminalização do aborto, considerando as diferentes perspectivas postas em termos de um espiritismo conservador e de um espiritismo progressista. O estudo analisa as posições divergentes entre esses grupos a partir das distintas reações, de repulsa ou de atração, em relação aos desdobramentos do neoconservadorismo no país e os diálogos com outras religiosidades cristãs. Na primeira parte, contextualiza-se a participação de seus agentes nos debates sobre aborto na esfera pública, bem como o uso recente e disputado da linguagem dos Direitos Humanos. Em seguida, examina o posicionamento histórico de entidades espíritas consagradas, como a Federação Espírita Brasileira (FEB), a Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-BR) e a Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME), que têm atuado como porta-vozes de uma moral conservadora. Por fim, destaca a emergência de coletivos espíritas progressistas e seus embates simbólicos sobre moralidades espíritas. Ao mapear essas tensões, o artigo ilumina a participação de religiões minoritárias na esfera pública, analisa a reconfiguração dos discursos espíritas em meio às controvérsias morais contemporâneas, e reflete sobre como política e religião interagem na formulação legislativa de gênero e no tensionamento de valores democráticos como pluralidade e proteção a minorias.
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