LUGAR DE CRIANÇA PEQUENA
A LAICIDADE E A EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPOS DE NEGACIONISMO
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8136.143145Resumo
Nesse artigo, será realizado um estudo de caso a partir de uma rede de educação infantil (no município de Campinas, no Estado de São Paulo) e com ênfase em um feixe de questões, vinculadas às representações e práticas em torno dos desafios de se viver a laicidade nesse ambiente. Com base em imagens fotográficas dos espaços reservados à educação de crianças pequenas, além de entrevistas com agentes atuantes nos centros infantis e dirigentes de instituições municipais, pretende-se analisar o sentido das políticas públicas voltadas à formação para a convivência com a diversidade religiosa, crescente na população brasileira de forma geral, inclusive em Campinas. Nossa proposta tem como fio condutor uma dupla necessidade: 1) circunstancialmente, compreender as relações entre o poder público municipal, as Igrejas e as OSCIPs na implementação da educação infantil; 2) de maneira mais ampla, discutir o papel da escola como representação do mundo (especialmente a escola para a primeira infância). Realiza-se, também, o diálogo entre as declarações colhidas pelas entrevistas e a reflexão acumulada na bibliografia acerca de laicidade, compreendida como um conjunto de características alinhadas à neutralidade do Estado frente a todas as manifestações religiosas e à renúncia deste mesmo ente em justificar suas ações com base em argumentos religiosos. A discussão será enriquecida pela contribuição do pensamento arendtiano sobre o papel da instituição escolar. Nas considerações finais, retomam-se os pontos principais da argumentação desenvolvida no texto e apresenta-se um diálogo com os saberes que nos são transmitidos pelos povos originários.
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