AISTHESIS, CORPO E CUIDADO DE SI (SELF-CULTIVATION) NO JAPÃO

PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS TRANSCULTURAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8136.141465

Resumo

O artigo versa sobre conceito de self-cultivation baseado em uma aisthesis da tradição japonesa, mas que é permeado e dialoga com outras concepções. Tal conceito é inerente às variadas práticas artísticas, marciais e de cura no Japão, envolvendo um engajamento artístico e corporal a partir de uma tradição criativa que lhe é própria. Nesta perspectiva, corpo e mente/espírito são partes inseparáveis que atuam em uma unidade dinâmica. A prática disciplinada é uma forma de treinar o espírito através do corpo e atuam a partir do e no corpóreo, visando alcançar o abstrato. De tal modo que as fases do aprendizado, o caráter não transmissível do gesto, a atividade espontânea é fruto de um exercício metódico. Nesse sentido, ao introduzir o conceito de self-cultivation para o público brasileiro, é fundamental reconhecer a singularidade da perspectiva japonesa sobre o self, que se distingue marcadamente das concepções europeias, especialmente em sua natureza relacional e interdependente. Entretanto, medida que o mundo se torna cada vez mais interconectado, surge a possibilidade de um novo conceito de self-cultivation, marcado por uma combinação entre abordagens individuais e coletivas, em uma espécie de prática transcultural.

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Biografia do Autor

Regina Yoshie Matsue, Universidade Federal de São Paulo - Campus São Paulo

Regina Yoshie Matsue é professora Adjunta do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo. É doutora em Relações Internacionais pela Universidade de Tsukuba/Japão, convalidado como Doutorado em Antropologia Social da Universidade de Brasília (2010). É antropóloga e mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília e em Estudos Asiáticos pela Universidade de Tsukuba/Japão. É pós doutora em Antropologia pela Universidade Nacional de Cingapura (2008). Desde 2018 representa a Unifesp na Comissão Científica da área de Ciências Sociais e Humanas na Abrasco.  Sua área de pesquisa abrange o campo da antropologia da religião, migração e saúde em contextos interculturais, possuindo várias publicações nesta área.

Rafael Shoji, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo (1994), mestrado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000), doutorado em Ciência da Religião na Universidade Leibniz Hannover (2004) e pós-doutorado em Ciências da Religião na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Em 2006-2007 foi fellow pela Fundação Japão e em 2006-2007 e 2010-2011 foi pesquisador visitante no Instituto para Religião e Cultura da Universidade Nanzan (Nagóia). É pesquisador independente associado a PUC/SP através do CERAL (Centro de Estudo de Religiões Alternativas, desde 2006), professor de pós-graduação na área de computação na FIAP (desde 2014), além de atuar profissionalmente como sócio-diretor na E-VAL Tecnologia, especializada em sistemas criptográficos, privacidade digital e análise de dados (desde 2004). Sua pesquisa tem ênfase em religiões japonesas na América Latina, espiritualidade do extremo Oriente e o impacto da filosofia da matemática e da computação nas ciências sociais e humanas.

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Publicado

2024-12-16

Como Citar

Matsue, R. Y., & Shoji, R. (2024). AISTHESIS, CORPO E CUIDADO DE SI (SELF-CULTIVATION) NO JAPÃO : PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS TRANSCULTURAIS . Debates Do NER. https://doi.org/10.22456/1982-8136.141465

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Seção

Artigos