O PROCESSO DE BRICOLAGEM PARA INSERÇÃO DA MEDICINA NO DISCURSO BIOPOLÍTICO DO VATICANO (1950-1960)
UM EXAME DO EMPREENDEDORISMO DE IDEIAS DO ATOR POLÍTICO KAROL JÓZEF WOJTYŁA
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8136.134012Resumo
O presente artigo se baseia na premissa factual e política de que as ideias são fatores explicativos e causais de ações institucionais, comportamentos e processos políticos e, dentro dessa seara, tem por mote geral a compreensão e a análise de como as crenças influenciam posicionamentos institucionais do Vaticano contra conflitos bioéticos e, de forma específica, tem por objetivo examinar o processo político de formação do discurso biopolítico do Vaticano, ocorrido entre as década de 1950 e 1960, iniciado pelo teólogo Karol Wojtyła (papa João Paulo II), que o reconstrói e recombina a crença teológica do casamento, sexualidade e procriação com a medicina, para a elaboração de uma nova retórica racional, política e legítima, que influencia na elaboração da encíclica Humanae Vitae, publicada em 1968 pelo papa Paulo VI. O modelo teórico-analítico adotado, para examinar o referido objeto de pesquisa, é o do institucionalismo construtivista, que é aplicado na ciência política e que explica que elemento ideacional e as habilidades retóricas de atores políticos podem ser fatores causais de explicativos das ações e comportamentos políticos de diversos atores e de atores em instituições. A metodologia aplicada se refere a um mix de ferramentas, que conjuga o estudo de caso com o process tracing e com a análise de conteúdo, visando a identificação e análise de processos políticos, eventos e contextos sociais e políticos essenciais, bem como a identificação de atores políticos, a produção de ideias deles e as categorias centrais mobilizadas nos discursos.
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