“É ROBIGUS QUE VEM, GIRA E BALANÇA”
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8136.133353Resumo
O seguinte ensaio visual coloca em cena a prática contemporânea da Robigália – antigo festival agrícola romano, como é celebrada no santuário politeísta da Vila Pagã, localizado na zona rural de José de Freitas (PI). A festividade, incorporada ao calendário litúrgico do Paganismo Piaga, acontece no mês de abril e evidencia o aspecto agrário da estação chuvosa e de temperaturas altas no Piauí: o plantio cultivado é o meio sacralizado tanto pelas bênçãos do deus Robigus, que atua na proteção dos campos e lavouras, como pelo aspecto destrutivo da divindade – o qual pode colocar em risco toda a plantação pela ação de pragas, ferrugem e bolor. A oferta de guirlandas e alimentos feitos de milho, consumidos durante a celebração, constitui oferendas que ativam seu aspecto benéfico, e a queima do espantalho, ápice do ritual festivo, é a queima da face maléfica do deus honrado. Nesse sentido, as fotografias apresentadas aqui sugerem uma perspectiva imagética da mobilidade dessa divindade na prática local de uma religião integrada à rede transnacional do Paganismo Contemporâneo. Além disso, acompanham a produção de novos lugares sagrados para antigas religiões e seus diferentes efeitos de sentido, indicando modos de visualizar o protagonismo do lugar onde a religião é materializada, uma vez que “É Robigus que vem” de uma origem romana, mas que é (re)situado na prática do Piaganismo no Piauí.
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