“Ninguém toca, é ordem e decreto”
ativismo evangélico progressista no perfil @irmamonicabispo
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-5269.143065Resumo
Por meio de um estudo de caso único, interrogam-se os modos como o perfil de rede social digital @irmamonicabispo constrói uma performance peculiar e dissidente de uma mulher pentecostal ativista progressista. O objetivo central foi compreender as tensões e ambiguidades de um posicionamento ao mesmo tempo religioso, que dialoga com a cosmovisão pentecostal, e defensor de pautas perseguidas por lideranças e políticos evangélicos, com destaque para a das pessoas LGBTQIAPN+, em articulação com o cenário político, cultural e social contemporâneo. Concluiu-se que a performance de Irmã Mônica transgride o posicionamento hegemônico entre as personalidades públicas religiosas que atuam no mundo digital ao pautar sua performance por deslizamentos entre o religioso e o secular, entre a seriedade e o humor. O perfil estudado revela heterogeneidades no segmento evangélico e em suas formas de atuação como agentes midiáticos na fronteira entre o religioso e o político.
Palavras-chave: religião e política; comunicação digital; dissidência religiosa; performance comunicacional; evangélicos progressistas