Distorção de lentes: captura de imagem, racismo e subversão da fotografia colonial à “iborder”

Autores

  • Lorenzo Rinelli

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-5269.119597

Palavras-chave:

Estética da Política, Reconhecimento facial, Estudos de migração, Colonialidade, Rujunko Pugh.

Resumo

Esta intervenção surgiu do aumento da utilização de tecnologias de reconhecimento facial na gestão da população, mais especificamente no controle da migração europeia. Inspirado por essas circunstâncias, reflito sobre o uso de lentes ópticas desde o início do uso da câmera pelos europeus como arma colonial até os dispositivos de captura de imagens atuais como uma ferramenta de rastreamento para detectar e acampar pessoas em movimento. Creio que esta metodologia arqueológica com sensibilidade estética permite revelar como as técnicas disciplinares contemporâneas de captação de imagens são produzidas por uma relação complexa de poder e saber enquadrada na mesma lógica biométrica de procura da verdade que marcou a dominação colonial europeia. Concluo minha intervenção apresentando uma poderosa obra de arte de uma artista contemporânea que rompe a reivindicação ilusória de verdade científica e imparcialidade que ainda coloniza o sistema de verificação visual e evocando raízes africanas esquecidas da modernidade, em última instância perturbando seu conjunto de relações de poder.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2021-12-22

Como Citar

Rinelli, L. (2021). Distorção de lentes: captura de imagem, racismo e subversão da fotografia colonial à “iborder”. Revista Debates, 15(3), 104–132. https://doi.org/10.22456/1982-5269.119597