A Tradutora de Cristóvão Tezza: uma trama entrelaçada
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.75625Resumo
Este artigo busca estabelecer uma relação dialógica entre a ficção literária e os estudos de tradução, a partir do romance A tradutora, do brasileiro Cristovão Tezza (1952), publicado em 2016. Considerando a prévia informação de que o referido autor é especialista na obra de Mikhail Bakhtin, discute-se a imagem do tradutor no Brasil contemporâneo e o papel das traduções como molas propulsoras do diálogo entre povos e culturas. A proposta é analisar o romance a partir das representações do discurso e das práticas tradutórias de acordo com o postulado por Arrojo (1993), Johnson (1998), Berman (2002) e Mittmann (2003), bem como de sua relação com a interpretação. Considera-se, nesse sentido, que a protagonista insere-se no paradigma do sujeito pós-moderno, em uma sociedade de consumo, de acordo com o que propõem Hall (2003) e Bauman (2008).