“Leonorana” (1970): a pós-poesia não criativa de Ana Hatherly
DOI:
https://doi.org/10.22456/2236-6385.134219Resumo
O presente artigo analisa o livro “Leonorana” (1970), de Ana Hatherly, a partir das perspectivas de pós-produção artística, cunhada por Nicolas Bourriaud, e de escrita não criativa, primordialmente cunhada por Kenneth Goldsmith e Marjorie Perloff. Entende-se que “Leonorana”, a partir de seu jogo labiríntico de apropriações verbo-visuais feitas tanto da obra de Luís de Camões quando do Barroco português dos séculos XVII e XVIII, posiciona-se no setor terciário criação literária, visto que sua produção não parte objetivamente da criatividade, da inventividade e originalidade de Hatherly, mas da reciclagem e do reaproveitamento de materiais pré-existentes – classificando-se, assim, como um pós-poema não criativo, que, nos anos 1970, trazia à literatura noções acerca do radicante, cunhadas, anos mais tarde, por Bourriaud.
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