Turbulência histórica e fertilidade intelectual: uma leitura política da historiografia de Marc Bloch e Lucien Febvre
DOI:
https://doi.org/10.22456/1983-201X.18944Palavras-chave:
História, Historiografia, Política, Marc Bloch, Lucien FebvreResumo
O objetivo deste trabalho é reconhecer a dimensão política presente na historiografia de Marc Bloch e Lucien Febvre. Por terem deslocado a história política e enfatizado a história econômica e social, seus trabalhos têm sido interpretados como se não abordassem questões políticas. O presente artigo pretende questionar essa leitura.Downloads
Referências
AGUIRRE ROJAS, C. A. Os Anales e a historigrafia francesa: tradições críticas de Bloch e Foucault (1921-2001). Maringá: Eduem, 2000.
AGULHON, M. La République I (1880-1932). Paris: Hachette, 1990.
BENJAMIN, W. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, W. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 222-232.
BLOCH, M. Régions naturelles et groupes sociaux. Annales d’histoire économique et sociale, v. 4, n. 17, p. 489-510, 1932.
______. Les paysages agraires: essais de mise au point. Annales d’histoire économique et sociale, n. 39, p. 256-277, 1936.
______. Os reis taumaturgos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
______. Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
______. Pour une histoire comparée des sociétés européenes. In: BLOCH, M. L’Histoire, la Guerre, la Résistance. Paris: Gallimard, 2006a. p. 347-380.
______. Qui demander à l’Histoire? In: BLOCH, M. L’Histoire, la Guerre, la Résistance. Paris: Gallimard, 2006b. p. 467-484.
______. Réflexions d’un historien sur les fausses nouvelles de la guerre. In: BLOCH, M. L’Histoire, la Guerre, la Résistance. Paris: Gallimard, 2006c. p. 293-316.
BOIS, G. Marxismo e História Nova. In: LE GOFF, J. (Org.). A História Nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990. p. 242-260.
BOURDÉ, G.; MARTIN, H. L’école méthodique. In: BOURDÉ, G.; MARTIN, H. Les écoles historiques. Paris: Seuil, 1997. p. 181-214.
BURGUIÈRE, A. Histoire d’une histoire: la naissance des Annales. Annales ESC, n. 6, p. 1347-1359, nov./déc. 1979.
BURKE, P. A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da historiografia. São Paulo: Unesp, 1997.
CAIRE-JABINET, M.-P. Introdução à historiografia. Bauru: Edusc, 2003.
CARDOSO, C. F. História e paradigmas rivais. In: CARDOSO, C. F.; VAINFAS, R. (Org.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1999. p. 1-23.
DOSSE, F. A história em migalhas: dos “Annales” à Nova História. Campinas: Editora da Unicamp; Ensaio, 1992.
FEBVRE, L. L’histoire dans un monde en ruines. Revue de Synthèse Historique, n. 88, p. 1-15, fév. 1920.
______. L’histoire économique et la vie: leçon d’une exposition. Annales HES, n. 4, p. 1-10, 1932.
______. De 1892 à 1933. Examen de conscience d’une histoire et d’un historien. In: FEBVRE, L. Combats pour l’histoire. Paris: Armand Colin, 1992a. p. 3-17.
______. Vivre l’histoire. Propos d’initiation. In: FEBVRE, L. Combats pour l’histoire. Paris: Armand Colin, 1992b. p. 18-33.
FONTANA, J. História dos homens. Bauru: Edusc, 2004.
GURIÊVITCH, A. A síntese histórica e a Escola dos Anais. São Paulo: Perspectiva, 2003.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
______. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
______. Tempos interessantes: uma vida no século XXI. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
KAYE, H. J. Los historiadores marxistas británicos. Zaragoza: Prensas Universitarias, 1989.
LE GOFF, J. A história nova. In: LE GOFF, J. (Org.). A História Nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990. p. 125-152.
NOIRIEL, G. Sur la crise de l’histoire. Paris: Gallimard, 2005.
PALIGOT, C. R. Les Annales de Lucien Febvre à Fernand Braudel: entre épopée coloniale et opposition Orient/Occident. French Historical Studies, v. 32, n. 1, p. 121-144, Winter, 2009.
PARIS, E. La genèse intellectuelle de l’oeuvre de Fernand Braudel. Athènes: Institute de Recherches Néohelléniques/FNRS, 1999.
POMIAN, K. L’heure des Annales. In: NORA, P. (Dir.). Les lieux de mémoire: In: la République: la Nation. les France. Paris: Gallimard, 1997. p. 903-952.
REIS, J. C. Escola dos Annales: a inovação em história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
REVEL, J. Histoire et Sciences Sociales. Les paradigmes des Annales. Annales ESC, n. 6, p. 1360-1376, nov./déc. 1979.
RIBEIRO, G. Espaço, tempo e epistemologia no século XX: a geografia na obra de Fernand Braudel. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.
______. A geografia testemunha a história: paisagem, região e interdisciplinaridade em Marc Bloch. Revista de História Regional, v. 14, n. 2, p.7-28, 2009a.
______. Para ler geografia ou A geografia segundo Lucien Febvre. Terra Livre, n. 32, p. 121-145, 2009b.
SIMIAND, F. Méthode historique et science sociale. Annales HSS, v. 15, n. 1, p. 83-119, 1960.
STEDMAN JONES, G. Historiographie française, historiographie anglaise. Une autre histoire sociale? (note critique). Annales HSS, n. 2, p. 383-394, mars/avril 1998.
THOMPSON, E. Una entrevista com E. P. Thompson. In: THOMPSON, E. Tradición, revuelta y consciencia de clase. Barcelona: Editorial Crítica, [s.d.]. p. 294-318.
VILAR, P. História marxista, história em construção. In: NORA, P., LE GOFF, J. (Org.). História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976. p. 146-178.