Ansina, el prócer negro: as existências negras entre a legitimidade de uma reivindicação política e a exclusão da retórica nacional em tempos de pósabolição no Uruguai (1934-1952)

Autores

  • Fernanda Oliveira da Silva UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.137062

Palavras-chave:

Ansina, História Negra, Afrouruguaios, Pós-Abolição

Resumo

O artigo investiga a demanda de grupos negros organizados de que cada cidade no Uruguai tivesse uma rua com o nome de Ansina, a quem esses mesmos grupos reconheciam como o prócer negro da independência uruguaia. Analisa os problemas da liberdade negra que informam o campo de estudos do pós-abolição nas Américas, bem como atenta para o contexto do centenário da independência (1930) e da abolição da escravidão (1942) no Uruguai, sob a conjuntura da II Guerra Mundial. A organização racial política era uma realidade desde os anos 1870, mas neste texto argumenta-se que é na primeira metade do século XX que a conformação de uma identidade política simultaneamente negra e uruguaia alcança o território nacional. As fontes principais são os jornais da imprensa negra de Melo, Acción (1934-1952) e Orientación (1941-1945), criados a Casa de la Raza mais antiga em atividade naquele período, Centro Uruguay, fundado em 1923. O objetivo é demonstrar o processo em torno da demanda, que já naquele momento era criticada por supostamente assentar-se em uma invenção, de forma a elucidar sobre identidade política e usos públicos do passado por pessoas negras, como elementos que compuseram um projeto contra-histórico negro.

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

Oliveira da Silva, F. (2024). Ansina, el prócer negro: as existências negras entre a legitimidade de uma reivindicação política e a exclusão da retórica nacional em tempos de pósabolição no Uruguai (1934-1952). Anos 90, 31, e2024303. https://doi.org/10.22456/1983-201X.137062

Edição

Seção

Tradições inventadas: intelectuais, identidades políticas e usos públicos do passado na América Latina (séculos XIX-XXI)