“¡Con los gauchos no!” Tradicionalistas frente a académicos. La historia argentina en perspectivas desencontradas (1943-1998)
DOI:
https://doi.org/10.22456/1983-201X.136780Palavras-chave:
Academicismo, Tradicionalismo, Gaucho, Historia ArgentinaResumo
Em meados do século XX, a figura do gaúcho consolidou-se como um símbolo da Argentina. Um conjunto de fatores tornou possível a sua ascensão, o que a consagrou como peça fundamental da identidade nacional. Os círculos crioulos e centros tradicionalistas estabeleceram-se como bastião dessa cultura e proliferaram em diversas cidades do país. Esses grupos produziram histórias sobre a história nacional e difundiram uma visão do passado que inevitavelmente colocou os gaúchos no centro dos episódios mais revisitados. Este artigo explora como os grupos tradicionalistas se relacionaram com a história acadêmica. Os “gauchescos” lançaram diversas cruzadas contra o “academicismo” e discutiram publicamente a história argentina. Atentos à circulação de estudos históricos que pudessem tensionar suas narrativas sobre o passado gaúcho, refutaram-nas e tentaram desacreditar historiadores ilustres. Os argumentos dessa oposição serão analisados através do estudo das publicações de Emilio Coni e Enrique de Gandía, dos documentos internos dos grupos tradicionalistas, das atas da Confederação Gaúcha Argentina, do projeto de lei que institui o Dia Nacional do Gaúcho e das intervenções midiáticas do comodoro Juan José Güiraldes.