Sangue menstrual e magia amatória: concepções e práticas históricas

Autores

  • Andressa Furlan Ferreira Universidade Federal da Paraíba

Resumo

Em períodos nos quais o funcionamento do corpo humano era pouco desmistificado, a menstruação era um fenômeno por vezes temido ou intrigante. Inúmeras religiões, principalmente as abraâmicas, consideraram o sangue menstrual um tabu, sendo frequente sua associação à impureza. Praticantes de magia, por sua vez, tendiam a encarar o sangue menstrual como um fluido poderoso, utilizado especialmente (mas não de modo exclusivo) em feitiços de atração amorosa. Este artigo tem como objetivo geral investigar práticas mágicas europeias de diversos períodos históricos que fazem uso do sangue menstrual para fins amorosos, com o intuito de analisar como a menstruação e o sangue menstrual foram compreendidos e interpretados historicamente, em especial no imaginário medieval e na cultura mágica. Com base nos discursos medievais e renascentistas sobre menstruação, é possível identificar que, entre as crenças seculares, o sangue menstrual era considerado uma substância poluente, mas, de acordo com o imaginário e o pensamento mágico, também era considerado capaz de causar atração.

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Biografia do Autor

Andressa Furlan Ferreira, Universidade Federal da Paraíba

Mestranda em Ciências das Religiões pela UFPB. Graduada em Letras Inglês pela UnB. Membro do NEVE - Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos e do VIVARIUM (NE) - Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo.

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Publicado

2018-03-01

Como Citar

FURLAN FERREIRA, A. Sangue menstrual e magia amatória: concepções e práticas históricas. Revista Aedos, [S. l.], v. 9, n. 21, p. 514–531, 2018. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/72464. Acesso em: 28 mar. 2024.