“Edificante e temerário”: dimensões e ambiguidades do trabalho prisional no Recife oitocentista
Palavras-chave:
Casa de Detenção, trabalho, autonomiaResumo
A pretensão deste artigo é demonstrar como a implantação das oficinas de trabalho coletivo na Casa de Detenção do Recife, na década de 1860, suscitou o advento de um conjunto diversificado de interações e sociabilidades entre habitantes da cidade e a instituição que concorreram para esmaecer o sentido moralizador conferido ao trabalho pelas elites administrativas. Nesse sentido, tencionamos perscrutar o trabalho prisional para além da retórica dos administradores admitindo que – no caso em tela – mais do que agente disciplinador, o trabalho foi efetivamente uma fonte de autonomia e barganha para os detentos e de atrativo pecuniário para diversos segmentos populares da cidade. Afinal, passaram a transitar pela instituição de modo que redefiniram e/ou amainaram as premissas da reforma prisional no Recife oitocentista. Essa problemática será investiga no curso da administração de Rufino Augusto de Almeida, entusiasta da implantação do trabalho entre os detentos, que perdurou de 1861 até 1875.
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