“Edificante e temerário”: dimensões e ambiguidades do trabalho prisional no Recife oitocentista

Autores

  • Aurélio de Moura Britto Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

Casa de Detenção, trabalho, autonomia

Resumo

A pretensão deste artigo é demonstrar como a implantação das oficinas de trabalho coletivo na Casa de Detenção do Recife, na década de 1860, suscitou o advento de um conjunto diversificado de interações e sociabilidades entre habitantes da cidade e a instituição que concorreram para esmaecer o sentido moralizador conferido ao trabalho pelas elites administrativas. Nesse sentido, tencionamos perscrutar o trabalho prisional para além da retórica dos administradores admitindo que – no caso em tela – mais do que agente disciplinador, o trabalho foi efetivamente uma fonte de autonomia e barganha para os detentos e de atrativo pecuniário para diversos segmentos populares da cidade. Afinal, passaram a transitar pela instituição de modo que redefiniram e/ou amainaram as premissas da reforma prisional no Recife oitocentista. Essa problemática será investiga no curso da administração de Rufino Augusto de Almeida, entusiasta da implantação do trabalho entre os detentos, que perdurou de 1861 até 1875.

 

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Biografia do Autor

Aurélio de Moura Britto, Universidade Federal de Pernambuco

Doutorando em História pelo Programa de pós-graduação em história da UFPE

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Publicado

2015-12-27

Como Citar

DE MOURA BRITTO, A. “Edificante e temerário”: dimensões e ambiguidades do trabalho prisional no Recife oitocentista. Revista Aedos, [S. l.], v. 7, n. 17, p. 83–98, 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/58548. Acesso em: 23 set. 2023.

Edição

Seção

Dossiê Temático