Presidente Médici: a invenção de um autor.
Palavras-chave:
Relações de Poder Político Institucionais, Cultura e RepresentaçõesResumo
Através de um estudo que privilegia a função histórica e cultural desempenhada pelo autor é que, neste artigo, proponho a análise de textos assinados por Emilio Garrastazu Médici entre os anos de 1969 e 1974. Problematizar a autoria do presidente é apontar algumas características do modo de existência, circulação, funcionamento e apropriação dos discursos do governo civil-militar. Ao mesmo tempo, um estudo de autoria também permite realizar uma descrição do momento histórico no qual está inserido o presidente, entendendo as particularidades do período em que responde como chefe de governo (1969 – 1974). A narrativa pretende estabelecer dois movimentos. O primeiro seria alargar os discursos do Médici, abrindo espaço para que sejam reconhecidos os diversos sujeitos, instituições e representações que compõem essa fala. O outro movimento é entender como a figura de Médici foi construída nesses discursos, onde podemos localizar a subjetividade do autor nos textos publicados e qual papel esse sujeito cumpre na autoria. A partir desse duplo movimento pretendo expor as necessidades políticas do governo civil-militar em fazer do presidente um autor de textos e livros: Emílio Garrastazu Médici é um autor inventado pelo governo civil-militar.
Palavras-Chave: Médici, autoria, discursos, governo civil-militar
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