Pérfida ou ingênua - a visibilidade da mulher paraibana através dos jornais e de casos de rapto – 1880-1910.

Autores

  • Rosemere Olimpio Santana UFCG-Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chave:

Cultura e representações.

Resumo

Pretendemos neste trabalho discutir a construção de uma outra sensibilidade para as práticas amorosas na Paraíba entre as décadas de 80 e 90 do Séc. XIX e os anos de 1910. Discutiremos através da análise dos casos de raptos consentidos, como foi produzido um emaranhado discursivo que deu visibilidade às práticas amorosas e a construção para uma identidade feminina nesse período. No entanto, também apontaremos como essas mulheres ocupavam um outro lugar, não apenas como vítimas ou seduzidas, mas também sujeitos de suas ações e desejos, uma vez que, eram elas que ajudavam a planejar os raptos. A cultura histórica, engendrada pelos processos-crime, pelos romances sobre o tema dos raptos escritos por memorialistas e os jornais de época, com seus artigos acerca do mesmo tema, permitiram problematizar as relações de poder e nelas as estratégias de normatização das relações amorosas e a formatação de um determinado tipo de casamento com seus respectivos papéis: os de maridos e esposas ideais. Mas, os raptos também permitiram que se chegasse à “antidisciplina” e à parte das táticas elaboradas pelos envolvidos para escapar das amarras da ordem, apontando para “as maneiras de fazer”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosemere Olimpio Santana, UFCG-Universidade Federal de Campina Grande

Professora assistente I do departamento de História e doutoranda pela UFF.

Downloads

Publicado

12-05-2011

Como Citar

SANTANA, R. O. Pérfida ou ingênua - a visibilidade da mulher paraibana através dos jornais e de casos de rapto – 1880-1910. Revista Aedos, [S. l.], v. 3, n. 8, 2011. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/15956. Acesso em: 28 abr. 2025.