Entre guerras, porcos e espingardas
os Irã amrayré (Mebêngôkre-Kayapó) e a fronteira Araguaia no século XIX
Resumo
Na segunda metade do século XIX, a província de Goiás empreendeu um conjunto de ações visando fomentar a ocupação e colonização da porção norte do seu território e, com isso, promover a navegação para o litoral paraense através dos rios Araguaia e Tocantins. Para tal era fundamental a catequese e civilização indígena. É nesse contexto que foram fundados às margens desses rios alguns presídios militares e aldeamentos, constituindo assim uma fronteira. A pesquisa toma como lócus de análise um desses presídios, o de Santa Maria do Araguaia (Araguacema/TO), refundado na década de 1860, e busca refletir acerca da relação dos Irã amrayré, um subgrupo Mebêngôkre, com esse presídio ao longo da segunda metade do século XIX. A partir da análise de documentação, verificou-se que os indígenas buscaram e, de certo modo conseguiram, manejar a fronteira segundo os seus interesses.
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