O futebol proletário e negro no extremo sul do Rio Grande do Sul
o caso da Liga Sportiva Rio Branco (1926-1930)
Resumo
Na primeira metade do século XX, o futebol representou uma grande fonte de lazer das massas populares urbanas. Porém, em seus primórdios, o esporte bretão era uma prática dos setores dominantes, que se utilizavam de diversos mecanismos para consolidar um filtro social classista e racista nas entidades futebolísticas. Tais interdições, contudo, não foram capazes de afastar o esporte dos trabalhadores, sobretudo negros, que encontraram formas de driblar esses marcadores de desigualdade. Na cidade do Rio Grande/RS, o maior símbolo dessa articulação é a Liga Sportiva Rio Branco, fundada em 1926, que congregava clubes operários e ligados à comunidade negra rio-grandina. O presente artigo busca demonstrar como o futebol, com ênfase no caso da liga citada, desempenha um papel de criação de laços de classe e contribui fundamentalmente para ações de sociabilidade e de pertencimento, sendo parte importante das intensas disputas em torno das identidades de classe e raça.
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