Contribuições para uma descolonização das teorias da história: Capoeira Angola, ancestralidade e tempo espiralar
Keywords:
Capoeira Angola, Temporalidades, Tempo Espiralar, Teoria da HistóriaAbstract
A história disciplinar enquanto código de escrita traz em si a intenção de lidar com todos os passados existentes, e se comporta de maneira imperialista ao lançar seu olhar temporal, e geograficamente localizado na modernidade europeia, sobre os passados não ocidentais. E com isto silenciando e não (re)conhecendo as formas de lidar com passados próprias de cada sociedade ou povo. Aqui, apresentamos a Capoeira Angola como espaço transmissor de uma temporalidade resultante da diáspora africana para o Brasil, distinta da que se adota na disciplina história, e a qual identificamos através do conceito de tempo espiralar. Investigamos as temporalidades e cosmovisões africanas Nagô e Bantu, que oferecem o conceito de ancestralidade como substrato para esta e apontamos os possíveis limites do olhar imperialista da história em interpretar os passados afrobrasileiros. Argumentamos e defendemos a necessidade de se repensar teórica e metodologicamente o campo da historiografia a fim de se reconhecer enquanto um dos códigos de interpretação dos passados e não o único.
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