Eruditos e Coleções: preservação, fama e poder em bibliotecas quinhentistas

Autores

  • Luiane Soares Motta

Palavras-chave:

Coleções, Poder, Bibliógrafos

Resumo

O presente trabalho analisa duas coleções “Premier volume de la Bibliothèque” (1584) e “La bibliotheque d'A. du Verdier” (1585), respectivamente, dos autores François du Maine e Antoine du Verdier, com o propósito de perceber as relações que perpassam tais empreitadas. Nesses textos, o termo biblioteca designa não um espaço físico, mas sim um catálogo que compreenderia todos os livros escritos em língua vulgar (francesa). Além de objetivar a difusão dos livros e o “inventariamento” da produção escrita, os autores  estão a se relacionar ao projeto de construção de um poder político em expansão e em busca da centralização, mas também mais “excludente”, pela promoção de seus grupos e do que é digno de reconhecimento e de glória, e entre seus indicados, as gentes das letras. Portanto, o trabalho aponta a construção dessas coleções enquanto parte de uma narrativa que endossa o poder monárquico, mas que se fundamenta na universalidade e utilidade do conhecimento, mesmo que seus objetivos estejam envoltos em interesses bastante pessoais.

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Publicado

28-02-2022

Como Citar

MOTTA, L. S. Eruditos e Coleções: preservação, fama e poder em bibliotecas quinhentistas. Revista Aedos, [S. l.], v. 13, n. 30, p. 103–117, 2022. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/103067. Acesso em: 25 jun. 2025.