Uma Educação Visual por entre Literatura, Fotografia e Filosofia
Resumo
“Que certeza é esta que uma lente fria documenta?” (Bernardo Soares). É dentro do debate sobre as possibilidades de expressão, produção e criação por meio de fotografias que este texto movimenta-se e deixa emergir potências para pensar conexões entre política e educação. “Tive um sonho como uma fotografia” (Alberto Caeiro). Entremeados a pensamentos de autores da filosofia e dos estudos da imagem como Gilles Deleuze, Geofrey Batchen e Antonio Fatorelli, trechos de obras de Manoel de Barros, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e Mia Couto, que versam sobre imagens fotográficas, movimentam o jogo entre visível, real, imaginário e ficcional suscitado pelas imagens. “Difícil fotografar o silêncio” (Manoel de Barros). Uma aposta na potência ambígua da fotografia que gera a ficção no interior do desejo de retenção do real/visível. Nestas passagens entre poesias e prosas, fotografia e filosofia, buscam-se subsídios para uma educação visual como gesto criativo, ao mesmo tempo poético, ficcional e político. Penetremos fundo no puro enigma das imagens (Carlos Drummond de Andrade). Um convite a pensar a educação a partir de outras lógicas, em especial da arte nas suas diversas linguagens. “Fotografei aquele vento de crinas soltas” (Manoel de Barros).
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.