Ocorrências de ametista em basaltos do Triângulo Mineiro (Minas Gerais): descrição e comparações com depósitos similares do Rio Grande do Sul

Autores

  • Coralie Heinis DIAS Centro de Pesquisa Manoel Teixeira da Costa, Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mario Luiz de Sá Carneiro CHAVES Centro de Pesquisa Manoel Teixeira da Costa, Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Pedro Luiz JUCHEM Laboratório de Gemologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Antônio Wilson ROMANO Centro de Pesquisa Manoel Teixeira da Costa, Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.97385

Palavras-chave:

Vulcanismo, Formação Serra Geral, petrografia, mineralogia

Resumo

Depósitos de ametista de classe mundial ocorrem associados à Formação Serra Geral (Cretáceo Inferior) no sul do país e imediações, particularmente nas regiões de Ametista do Sul (RS) e de Artigas (Uruguai). Tais derrames se estendem para norte até a região do Triângulo Mineiro (MG), onde foram estudados três depósitos de pequenas proporções (Fazenda Barreiro, Pedreira Incopol e Tembezinho), juntamente com seus basaltos encaixantes. O objetivo principal deste trabalho foi caracterizar a geologia e a mineralogia destes depósitos, bem como compará-los aos que ocorrem em derrames congêneres do sul. Petrograficamente, tais basaltos mostraram plagioclásio, piroxênio, vidro vulcânico e opacos, além da alteração do vidro e dos minerais silicáticos da matriz para argilominerais, e preenchimentos secundários de calcedônia, esmectita, quartzo micro e macrocristalino e calcita. Análises geoquímicas indicaram basaltos com altos teores de Ti (2,67-3,98% TiO2); somente uma amostra foi caracterizada como andesito basáltico segundo o diagrama TAS. Comparadas a seus congêneres do sul do país, são rochas quimicamente similares aos basaltos mineralizados de alto Ti de Ametista do Sul. As ocorrências de ametista estudadas estão associadas a derrames que possuem espessuras aparentes menores que 50 m, preenchendo fraturas verticais ou formando geodos de forma semi-esférica a cônica. Calcita e celadonita, minerais comuns e abundantes associados à ametista do RS, foram observados apenas na ocorrência da Pedreira Incopol. Com base nas altitudes observadas, considerou-se a possibilidade de existência de pelo menos três derrames distintos da Formação Serra Geral na região do Triângulo Mineiro.

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Publicado

2019-11-20

Como Citar

DIAS, C. H., CHAVES, M. L. de S. C., JUCHEM, P. L., & ROMANO, A. W. (2019). Ocorrências de ametista em basaltos do Triângulo Mineiro (Minas Gerais): descrição e comparações com depósitos similares do Rio Grande do Sul. Pesquisas Em Geociências, 46(3), e0822. https://doi.org/10.22456/1807-9806.97385