Controle estrutural dos pegmatitos ricos em ETR associados ao depósito Madeira (Sn-Nb-Ta), mina Pitinga, Amazonas, Brasil

Autores

  • Fernanda C. RONCHI Programa de Pós-graduação em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Fernando J. ALTHOFF Departamento de Geociências, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Universitário, Trindade.
  • Artur C. BASTOS NETO Programa de Pós-graduação em Avaliação de Impactos Ambientais, Universidade La Salle.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.93249

Palavras-chave:

Pegmatite, structural control, albite-enriched granite, rare earth elements, Pitinga mine, Amazonas

Resumo

Estudou-se o controle estrutural dos veios de pegmatitos graníticos (tipo F-ETR-Li) associados à fácies albita granito (AEG) do granito Madeira (~1.83Ga). Esta fácies corresponde ao depósito, de classe mundial de Sn-NbTa-F (criolita) da mina de Pitinga. Atualmente, esses pegmatitos ricos em ETR [xenotima-(Y) e gagarinita-(Y)] são explorados junto com o minério disseminado, porém possuem potencial para exploração por lavra seletiva. Todos os pegmatitos se enquadram em um mesmo arranjo geométrico e apresentam uma mesma mineralogia, o que sugere que se originaram de uma mesma fonte. Sua mineralogia é igual à da encaixante, o que sugere que seu alojamento ocorreu na própria rocha parental. O arranjo geométrico dos pegmatitos é determinado por estruturas contracionais frágeis (falhas inversas, leques imbricados e cavalos). Os planos de falhas inversas (N320/60SW) serviram como condutos para o fluido que se alojou preferencialmente em fraturas horizontais distensivas. O arranjo geométrico bem definido dessas estruturas e o fato de que também há planos de falhas inversas sem pegmatitos sugerem que as fraturas que hospedam os pegmatitos não foram geradas pela pressão do fluido. A orientação das estruturas contracionais no AEG indica que ocorreu um transporte de SW para NE. Como este corpo possui pequena dimensão, resfriou-se rapidamente. Contudo, sua localização na crosta superior fria e a baixa temperatura do solidus permitiram a formação dos pegmatitos. Os pegmatitos foram formados com o AEG colocado em um nível estrutural acima da profundidade crustal crítica, onde a tensão mínima normal é vertical.

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Publicado

2019-06-07

Como Citar

RONCHI, F. C., ALTHOFF, F. J., & BASTOS NETO, A. C. (2019). Controle estrutural dos pegmatitos ricos em ETR associados ao depósito Madeira (Sn-Nb-Ta), mina Pitinga, Amazonas, Brasil. Pesquisas Em Geociências, 46(1), e0734. https://doi.org/10.22456/1807-9806.93249