Petrografia, química mineral e geoquímica de filossilicatos como indicadores da proveniência dos sedimentos neoproterozoicos das formações Serra de Santa Helena e Serra da Saudade (Grupo Bambuí)

Autores

  • Laura F. B. CAMPOS Programa de Pós-graduação em Geociências/ Instituto de Geociências/ Universidade de Brasília
  • Edi M. GUIMARÃES Laboratório de Difração de Raios X/Instituto de Geociências/Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.91388

Palavras-chave:

Pelitos, Feições deposicionais, Índice de Variabilidade Composicional

Resumo

A caracterização mineral e geoquímica de pelitos das formações Serra de Santa Helena (FSSH) e Serra da Saudade (FSS) podem contribuir para a interpretação da evolução da bacia de deposição do Grupo Bambuí, que tem sido considerada como do tipo foreland relacionada à Orogênese Brasiliana. Assim, este trabalho visa comparar a composição dos pelitos ao longo da coluna estratigráfica – FSSH e FSS – e na distribuição geográfica entre as regiões de Vila Boa – Bezerra, a oeste, e da Serra de São Domingos, a leste, buscando indicações sobre condições deposicionais e a proveniência dos sedimentos. Para isto foram realizadas análises petrográficas, por difração de raios X, geoquímica de rocha total e química mineral de filossilicatos. Verifica-se que na FSSH a oeste há maior variação de estruturas sedimentares, composição mineral e composição química do que a leste, enquanto que na FSS os pelitos tendem a maior homogeneidade além de conter maior contribuição de minerais ferromagnesianos, representados por clorita e biotita. Em ambas as formações é confirmada a seleção granulométrica, em que os pelitos mais finos são constituídos essencialmente por filossilicatos enquanto os mais grossos contêm maior porcentagem de silicatos não argilosos, principalmente albita. Valores do Índice de Variação Composicional (IVC) na FSSH e na FSS indicam sedimentos imaturos nas duas unidades tanto a oeste quanto a leste, mas valores distintos refletem variação da rocha fonte. Na FSSH a oeste há também pelitos mais maturos, com contribuição de sedimentos reciclados provenientes do Grupo Paranoá (glauconita e zircão). Esses sedimentos imaturos, com IVC em torno de 1, tendem a ser encontrados em áreas tectonicamente ativas, provavelmente associadas à evolução da Faixa de Dobramentos Brasília.

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

CAMPOS, L. F. B., & GUIMARÃES, E. M. (2018). Petrografia, química mineral e geoquímica de filossilicatos como indicadores da proveniência dos sedimentos neoproterozoicos das formações Serra de Santa Helena e Serra da Saudade (Grupo Bambuí). Pesquisas Em Geociências, 45(3), e0707. https://doi.org/10.22456/1807-9806.91388