Aspectos e distribuição de gás raso na Lagoa dos Patos: um trape costeiro para sedimentos geradores de gás

Autores

  • Jair WESCHENFELDER Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica/Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Iran C. S. CORRÊA Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica/Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.91385

Palavras-chave:

geoacústica, Sedimentos gasosos, Evolução costeira, Brasil

Resumo

Sedimentos gasosos são muito comuns nos ambientes costeiros em todo o mundo e suas ocorrências são claramente reveladas como anomalias acústicas por diversas ferramentas sísmicas, em diferentes escalas e resoluções. Este artigo apresenta exemplos de anomalias acústicas relacionadas ao gás, em perfis sísmicos (SBP) de alta resolução da Lagoa dos Patos, Sul do Brasil. Os ecogramas mostram anomalias acústicas devidas ao gás, as quais podem apresentar uma morfologia distinta para gás aprisionado no sedimento, percolação ou gás livre na coluna de água. As depressões topográficas pretéritas preenchidas com sedimentos gasosos são relacionadas aos antigos sistemas de drenagem, desenvolvidos na região costeira devido às oscilações do nível do mar durante o Quaternário. Assim, essas ocorrências de gás raso parecem ser controladas pela configuração paleoambiental, arranjo de preenchimento da bacia de sedimentação e condições hidrodinâmicas. Desde o estabelecimento da configuração atual, após o período de nível do mar alto do Holoceno, o interior da lagoa de Patos comporta-se como uma armadilha costeira para sedimentos finos, ricos em matéria orgânica e propícios a formação de gás, margeado por sedimentos mais grossos e sem gás.

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

WESCHENFELDER, J., & CORRÊA, I. C. S. (2018). Aspectos e distribuição de gás raso na Lagoa dos Patos: um trape costeiro para sedimentos geradores de gás. Pesquisas Em Geociências, 45(3), e0683. https://doi.org/10.22456/1807-9806.91385