Caracterização petrográfica e geoquímica da sequência magmática da Mina do Seival, Formação Hilário (Bacia do Camaquã – Neoproterozoico), Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Rodrigo W. LOPES Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Université de Nice Sophia-Antipolis.
  • Eduardo FONTANA Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Université de Nice Sophia-Antipolis.
  • André S. MEXIAS Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Márcia E.B. GOMES Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Lauro V.S. NARDI Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Christophe RENAC Université de Nice Sophia-Antipolis.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.78035

Palavras-chave:

Mina do Seival, Alteração hidrotermal, Petrografia, Magmatismo Shoshonítico, Depósitos de Cobre, Geoquímica, Bacia do Camaquã.

Resumo

A Mina do Seival é constituída por rochas vulcânicas e diques de composição andesítica e traqui-andesítica, dispostas em duas sequências. A sequência I inclui rochas piroclásticas e efusivas, e a sequência II é representada pelos diques de composição andesítica. Ambas são incluídas na Associação Shoshonítica de Lavras do Sul. Este magmatismo é relacionado ao estágio pós-colisional do ciclo Brasiliano/Pan-Africano, situando-se estratigraficamente no Alogrupo Bom Jardim, pertencendo à Formação Hilário na Bacia do Camaquã (Neoproterozoico). A área possui intensa alteração hidrotermal e mineralizações de Cu. A mineralização e o magmatismo da Sequência II são controlados por estruturas tectônicas orientadas segundo N/NE e NO, que são relacionadas à distensão regional no período pós-colisional da Orogênese Brasiliano/Pan-Africana. Processos hidrotermais em diferentes temperaturas atuaram sobre estas rochas originando produtos de alteração pervasiva, principalmente clorita, corrensita e esmectita, com veios preenchidos por quartzo, carbonato, barita e minerais de cobre. Em ambas as sequências encaixantes da Mina do Seival é possível identificar a afinidade shoshonítica das rochas. Os elevados teores de Cu, Zn e Ni nos diques em relação às rochas piroclásticas e às efusivas, mesmo nas mais hidrotermalizadas, sugerem que as principais ocorrências de mineralização de Cu têm origem magmática. Os dados químicos de rocha total indicam que o enriquecimento dos elementos componentes da mineralização, Ag, Au, Cu e Zn, está relacionado aos diques da Sequência II. Os teores de Au e Cu são mais elevados nas amostras com menores concentrações de carbonatos, sugerindo que a carbonatação não tem relação com a deposição dos minérios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2014-04-27

Como Citar

LOPES, R. W., FONTANA, E., MEXIAS, A. S., GOMES, M. E., NARDI, L. V., & RENAC, C. (2014). Caracterização petrográfica e geoquímica da sequência magmática da Mina do Seival, Formação Hilário (Bacia do Camaquã – Neoproterozoico), Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas Em Geociências, 41(1), 51–64. https://doi.org/10.22456/1807-9806.78035