Assembleias fossilíferas de mamíferos do Quaternário do Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil: diversidade e aspectos tafonômicos e paleoecológicos

Autores

  • Hermínio I. ARAÚJO-JÚNIOR Programa de Pós-Graduação em Geologia/ Instituto de Geociências/ Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Kleberson O. PORPINO Departamento de Ciências Biológicas/Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.23836

Palavras-chave:

Pleistoceno, mamíferos, diversidade, tafonomia, paleoecologia

Resumo

Fósseis de mamíferos quaternários são conhecidos para vários depósitos fossilíferos do Estado do Rio Grande do Norte. No entanto, grande parte do conhecimento sobre essa mastofauna é taxonômico, enquanto que aspectos estratigráficos, tafonômicos e paleoecológicos têm sido pouco discutidos. Este trabalho é uma síntese do conhecimento sobre as ocorrências de mamíferos fósseis no Quaternário do Estado do Rio Grande do Norte. É fornecida uma listagem completa e atualizada dos táxons e das localidades fossilíferas e são discutidos aspectos relacionados à tafonomia, diversidade, posicionamento geocronológico e implicações paleoecológicas das tafocenoses. Os depósitos fossilíferos quaternários do Rio Grande do Norte compreendem tanques naturais, lagoas e depósitos cársticos e costeiros. Trinta táxons de mamíferos são conhecidos para os depósitos fossilíferos potiguares, incluindo megamamíferos e mamíferos de grande, médio e pequeno porte. A diferença de padrões preservacionais observados sugere a atuação de processos tafonômicos distintos em cada tipo de depósito. No que se refere aos aspectos paleoecológicos, as características auto-ecológicas conhecidas e ou propostas para os táxons encontrados no Rio Grande do Norte sugerem a ocorrência de um ambiente diferente do atual, onde predominavam savanas entremeadas por áreas florestais mais esparsas. No entanto, tais informações devem ser tomadas com cautela, já que as coletas de mamíferos quaternários realizadas na maioria desses depósitos não tiveram controle tafonômico e estratigráfico apropriado. Além disso, a atribuição dessas acumulações fossilíferas ao Pleistoceno tardio (assim como outras faunas quaternárias nordestinas) tem se fundamentado predominantemente em correlações bioestratigráficas, havendo necessidade de mais datações absolutas para a proposição de um referencial geocronológico mais sólido.

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Publicado

2011-05-01

Como Citar

ARAÚJO-JÚNIOR, H. I., & PORPINO, K. O. (2011). Assembleias fossilíferas de mamíferos do Quaternário do Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil: diversidade e aspectos tafonômicos e paleoecológicos. Pesquisas Em Geociências, 38(1), 67–83. https://doi.org/10.22456/1807-9806.23836