Foraminíferos Recentes do Canal de São Sebastião SP, e suas Relações com os Padrões de Sedimentação

Autores

  • B. B. EICHLER Laboratório de Micropaleontologia/ IOUSP/ Instituto Oceanográfico/ USP
  • W. DULEBA Laboratório de Micropaleontologia/ IOUSP/ Instituto Oceanográfico/ USP
  • S. H. M. SOUSA Laboratório de Micropaleontologia/ IOUSP/ Instituto Oceanográfico/ USP
  • V. V. FURTADO Laboratório de Micropaleontologia/ IOUSP/ Instituto Oceanográfico/ USP
  • M. M. MAHIQUES Laboratório de Micropaleontologia/ IOUSP/ Instituto Oceanográfico/ USP
  • T. M. SANCHES Laboratório de Sedimentologia/ IOUSP/ Instituto Oceanográfico/ USP

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.21230

Palavras-chave:

foraminíferos recentes, canal de São Sebastião, SP, padrões de sedimentação

Resumo

O presente estudo é parte integrante da primeira fase do projeto de monitoramento do sistema de tratamento de efluentes do Canal de São Sebastião. Este estudo objetivou caracterizar as comunidades de foraminíferos e os sedimentos de fundo do canal, procurando estabelecer a distribuição das associações microfaunísticas e suas relações com o meio, antes da construção desses efluentes no canal. As associações microfaunísticas e os dados sedimentológicos revelaram uma diferenciação entre o ambiente deposicional oeste e leste do canal. O lado oeste caracterizou-se pela presença marcante de minerais micáceos, sedimentos pelíticos com altos teores de carbono e nitrogênio, diversidade baixa de foraminíferos, aparecimento de espécies de tamanho reduzido e dominância de espécies típicas de ambiente rico em matéria orgânica (Buliminella elegantíssima e Fursenkoina pontoni). Tais resultados permitiram inferir domínio de baixa energia nesta região. Já no lado leste do canal, observou-se uma diminuição dos minerais micáceos, abundância de areia e biodetritos marinhos, diversidade relativamente alta e aparecimento da epifauna. Tais dados demonstram que o hidrodinamismo aumentou sensivelmente, sugerindo ambiente de maior energia e oxidação. Além disso, através das associações foi possível detectar uma influência oceânica maior no lado meridional do canal. Quanto ao lado setentrional e central, estes caracterizaram-se por possuir associações típicas de água costeira. Foi observada também a presença de Cassidulina crassa, associada possivelmente à ACAS (Água Central do Atlântico Sul).


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Publicado

1995-12-31

Como Citar

EICHLER, B. B., DULEBA, W., SOUSA, S. H. M., FURTADO, V. V., MAHIQUES, M. M., & SANCHES, T. M. (1995). Foraminíferos Recentes do Canal de São Sebastião SP, e suas Relações com os Padrões de Sedimentação. Pesquisas Em Geociências, 22(1-2), 12–20. https://doi.org/10.22456/1807-9806.21230

Edição

Seção

ARTIGOS