Identificação de potenciais depósitos de fosforita no Terraço do Rio Grande através do uso de ecocaráteres
DOI:
https://doi.org/10.22456/1807-9806.144416Palavras-chave:
Fosforita, Ecocaráteres, Depósitos Fosfáticos, Modelo BatimétricoResumo
Este trabalho apresenta categorias de ecocaráteres no Terraço do Rio Grande, Bacia de Pelotas, relacionando-as com a morfologia da área e associando-as com potenciais depósitos de fosforita. Foram utilizados registros sísmicos monocanal aquisitados com frequência entre 400 a 1200 Hz e potência entre 500 e 1200 J para o reconhecimento de ecocaráteres, considerando-se principalmente a forma, tamanho de feições e o padrão subsuperficial, em comparação com registros multicanal com o atributo Amplitude RMS. Medições de feições e hipérboles foram feitas em escalas vertical e horizontal para agrupar as classes. Foram identificadas cinco categorias principais de ecocaráteres. Além disso, uma superfície batimétrica foi interpolada pelo método da krigagem. A espacialização revelou padrões de distribuição. Os ecos hiperbólicos de pequena e média escala (categorias 3A e 3B), com refletor marcado em subsuperfície (3D) e também o eco 4, relacionado aos fundos rugosos, apresentam maior relação com os depósitos de fosforita, evidenciando tendências esperadas. Ademais, quanto maior a escala horizontal das hipérboles, maiores são as rugosidades na superfície batimétrica e sua tendência à concentração. Os fundos rugosos e os ecos hiperbólicos de menor escala correlacionam-se aos potenciais depósitos de fosforita.
Downloads
Referências
Abreu, J.G.N. de; Corrêa, I.C.S.; Horn Filho, N.O.; Calliari, L.J. 2014. Phosphorites of the Brazilian Continental Margin, southwestern atlantic ocean. Revista Brasileira de Geofísica, 32: 539-548. https://doi.org/10.22564/rbgf.v32i3.508
Alberton, M.E.; Machado, Arthur A.; Klein, A.H.F.; Alves, R.A. 2024. Ecocaracterização do Terraço do Rio Grande para a identificação de potenciais depósitos de fosforita. Anais... 20º Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar – COLACMAR’2024 e 8º Congresso Brasileiro de Oceanografia – CBO’2024, 1: 2765-2766. https://aoceano.org.br/servicos/downloads/.
Ayres Neto, A.; Falcão, L.C.; Amaral, P.J.T. 2009. Caracterização de ecofácies na margem continental norte Brasileira: estado do conhecimento. Revista Brasileira de Geofísica, 27: 97-106. https://www.sbgf.org.br/revista/index.php/rbgf/article/view/1848
Barron, E.J. & Frakes, L.A., 1990. Climate model evidence for variable continental precipitation and its significance for phosphorite formation. In: Burnett, W.C. & Riggs, S.R. (Eds.), Phosphate deposits of the World. III: Neogene to modern phosphorites: pp. 260-272.
Burnett, W.C. 1977. Geochemistry and origins of phosphorite deposits from off Peru and Chile. GSA Bulletin, 88(6): 813-823. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1977)88<813:GAOOPD>2.0.CO;2
Cooke, C.V.; Madureira L.S.P.; Griep, G.H.; Pinho, M.P. 2007. Análise de dados de ecossondagem de fundo oriundos de cruzeiros realizados entre Fortaleza (CE) e Chuí (RS) com enfoque na morfologia e tipos de fundo. Revista Brasileira de Geofísica, 25(4): 443–457. https://doi.org/10.1590/S0102-261X2007000400008
Damuth, J.E. & Hayes, D.E. 1975. Echo character of the East Brazilian continental margin and its relationship to sedimentary processes. Marine Geology, 24(2): 73-95. https://doi.org/10.1016/0025-3227(77)90002-0
Davis, J.C. 2002. Statistics and Data Analysis in Geology (3rd ed.). New York: John Wiley and Sons, Inc. p.416-452.
Demarco, L.F.W.; Klein, A.H.F.; Souza, J.A.G. 2017. Marine substrate response from the analysis of seismic attributes in CHIRP sub-bottom profiles. Brazilian Journal of Oceanography, 65(3): 332-345. https://doi.org/10.1590/S1679-87592017124306503
Klein, A.H.F.; Griep, G.H.; Calliari, L.J; Villwock, J.A. 1992. Ocorrência de concreções fosfáticas no Terraço do Rio Grande, RS. Anais... 37° Congresso Brasileiro de Geologia. SBG. Resumos. São Paulo, SP, Brasil.
Lisniowski, M.A.; Alves, R.A.; Lopes, V.H.R. 2022. Mapa de Classificação Supervisionada de Substrato Marinho no Terraço do Rio Grande. 1 mapa color (107 x 85 cm). Escala 1:25.0000 (Programa Oceanos, Zona Costeira e Antártica). Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), Rio de Janeiro. https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/22948?mode=full
Meneses, A.R.A. dos S. 2010. Estudo teórico de atributos sísmicos em dados sísmicos de reflexão. Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal da Bahia, Salvador. 86p.
Mahiques, M.M., Alcántara-Carrió, J., Lobo, F.J., Schattner, U., dos Santos, R.F., Cazzoli y Goya, S., Ramos, R.B., Natorf de Abreu, J.G., Pereira de Souza, L.A., Lopes Figueira, R.C.; Bícego, M.C. 2019. The building, shaping, and filling of an Upper Slope Terrace: the Rio Grande Terrace, SW Atlantic. Solid Earth Discuss. European Geosciences Union [preprint]. https://doi.org/10.5194/se-2018-140
Pinho, M.P. De; Madureira, L.S.P; Calliari, L.J; Griep, G.H; Cooke, C.V. 2011. Depósitos fosfáticos marinhos na costa sudeste e sul do Brasil: potenciais áreas de ocorrência identificadas com dados de retroespalhamento acústico do fundo e sedimentológicos analisados sobre mapa batimétrico 3D. Revista Brasileira de Geofísica, 29: 113-126. https://doi.org/10.1590/S0102-261X2011000100008
Posamentier, H.W. & Vail, P.R. 1988. Eustatic Controls on Clastic Deposition. II. Sequence and Systems Tract Models. In: Wilgus, C.K.; Hastings, B.S.; St. Kendall, C.G.C.; Posamentier, H.; Ross, C.A.; Van Wagoner, J. (Eds.), Sea Level Changes: An Integrated Approach, Society for Sedimentary Geology, 42: pp. 125-154. https://doi.org/10.2110/pec.88.01.0125
Riggs, S.R. & Sheldon, R.P. 1990. Paleoceanographic and paleoclimatic controls of the temporal and geographic distribution of Upper Cenozoic continental margin sediments. In: Burnett, W.C. & Riggs, S.R. (Eds.), Phosphate deposits of the World. III: Neogene to modern phosphorites, 3: 207-222.
Silva, C.G. & Mello, S.L. 2004. Recursos Não-Vivos. In: O Mar no Espaço Geográfico Brasileiro. Coleção Explorando o Ensino: Geografia. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 8: 160–194.
Zembruscki, S.G. 1979. Geomorfologia da margem continental brasileira e das bacias oceânicas adjacentes. Série Projeto Remac, Nº 7. 55p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.