Liberação de potássio e sódio a partir de resíduos do beneficiamento de rochas ornamentais

Autores

  • Eduardo Baudson DUARTE Universidade Federal do Espírito Santo
  • Amanda Péres da Silva NASCIMENTO Universidade Federal do Espírito Santo
  • Simony Marques da Silva GANDINE Universidade Federal do Espírito Santo
  • José Romário de CARVALHO Universidade Federal do Espírito Santo
  • Diego Lang BURAK Universidade Federal do Espírito Santo
  • Mirna Aparecida NEVES Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.101373

Palavras-chave:

lama abrasiva, uso de resíduos, extratores ácidos, modelo cinético de Elovich.

Resumo

A grande quantidade de resíduos gerados no beneficiamento de rochas ornamentais e sua composição, rica em macroelementos como o potássio, mostram potencial de uso para o enriquecimento mineral de solos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a liberação de potássio e sódio a partir de resíduos de diferentes tipos de rochas extraídos sucessivamente por dois meios ácidos (solução Mehlich-1 e ácido cítrico 2%). Os métodos envolveram análise granulométrica, análise química por espectrometria de fluorescência de raios-X (FRX) e mineralógica por difração de raios-X (DRX). A solubilização de macroelementos foi avaliada por meio de extração química com solução Mehlich-1 e ácido cítrico 2%. Foram realizadas extrações sucessivas por 504 horas, durante 21 dias e determinada a concentração de potássio e sódio nos extratos. Os dados foram submetidos à análise estatística e o estudo da cinética de liberação química foi realizado por meio do ajuste no modelo cinético proposto pela Equação de Elovich. O resíduo Verde Bahia (VB), serrado em tear convencional, liberou maior quantidade de potássio quando comparado aos outros resíduos analisados, e com valores significativos em todas as análises, independentemente do meio extrator. Conclui-se, que os resíduos apresentam teores acumulados extraídos de potássio por vezes superiores a 1000 mg kg-1, sendo o tipo de rocha beneficiada (quartzito, quartzo-dioritos e sienogranito) e o tipo de tear empregado no beneficiamento (convencional e diamantado) os principais fatores controladores. Contudo, os teores acumulados de sódio, podem gerar possível toxidez, a depender do tipo de solo.

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Biografia do Autor

Eduardo Baudson DUARTE, Universidade Federal do Espírito Santo

Técnico em Agroindústria pelo Instituto Federal do Espírito Santo (2011), Graduado em Geologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2017) e Mestre em Agroquímica pela Universidade Federal do Espírito Santo (2020), com ênfase em Química Ambiental. Possui consideráveis conhecimentos nos seguintes temas: Geoquímica Ambiental, Sedimentologia, Geologia Ambiental e Técnicas Analíticas aplicadas às Ciências Naturais.

Amanda Péres da Silva NASCIMENTO, Universidade Federal do Espírito Santo

Geóloga Júnior pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Campus de Alegre, Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde - CCENS Experiência e qualificação profissional na grande área de Geociências, com foco na área de Recursos Hídricos, sob a temática da Hidrogeologia, Perfuração de Poços Tubulares Profundos e Hidroquímica e na área de Geologia Ambiental, no domínio dos Resíduos Sólidos Urbanos e Industriais, principalmente, de mineração de Rochas Ornamentais. Experiência em Coleta Seletiva, Educação Ambiental e Empreendedorismo Social. Estagiária em empresa privada de Perfuração de Poços Tubulares Profundo (atuação em MG e RJ) e também internacional (Colômbia - CO) na área de Hidroquímica, pelo Departamento de Engenharia Ambiental; Participação como bolsista e voluntária em projetos de extensão pela Pró Reitoria de Extensão-UFES (ProEx) e outros programas pela UFES; Atuação no CREAjr-ES como Coordenadora do Programa Destino Certo e Assessora nas áreas de Projetos e de Recursos Humanos e; Titulação em Técnico de Administração por instituição estadual.

Simony Marques da Silva GANDINE, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestra em Agroquímica pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Especialista em Agroecologia e Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Campus de Alegre. Tem experiência em executar tarefas de natureza e nível de complexidade associadas ao ambiente escolar de níveis fundamental e médio, e em ambiente de Laboratório de Microbiologia, Bromatologia e Química.

José Romário de CARVALHO, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutor em Produção Vegetal pelo Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal da Universidade Federal do Espírito Santo (2018). Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2009), graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre (2012) e mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Espírito Santo (2011). Atuou como professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre ministrando disciplinas na área de exatas e biológicas. Atuou como professor na Universidade Federal do Espírito Santo nas disciplinas de Estatística Básica e Bioestatística (2015). Tem experiência na área de Agronomia e Ciências biológicas, com ênfase em Agronomia e Ensino de Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo fitossanitário, controle biológico com entomopatógenos e parasitoides, bioecologia de insetos e ácaros; na área de Biologia e Educação; e na área de estatística, com enfase em análise de dados experimentais paramétricos, não paramétricos, multivariados e modelos lineares e não lineares, e geoestatística. Atualmente é professor da Secretaria do Estado de Educação do Estado do Espírito Santo lecionando disciplinas de ciências.

Diego Lang BURAK, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (2001), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa (2003) e Doutorado-Sandwich em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa (2008) e pelo Institut National de la Recherche Agronomique, França. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: Química e Mineralogia do Solo, Manejo do Solo e Qualidade Ambiental.

Mirna Aparecida NEVES, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação, mestrado e doutorado pela Universidade Estadual Paulista, UNESP (SP). Atualmente é professora do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Espírito Santo, UFES, onde vem desenvolvendo projetos de pesquisa científica em diversas áreas das Geociências, tais como Geotectônica, Geologia Estrutural Aplicada e Hidrogeologia em terrenos cristalinos. Atendendo a demandas do Estado do Espírito Santo, dedica-se também ao estudo de questões ambientais que envolvem a produção de resíduos gerados no beneficiamento de rochas ornamentais. É professora permanente nos cursos de Pós-Graduação em Engenharia Química e Agroquímica da UFES, além de coorientar alunos em nível de mestrado e doutorado de outras Universidades, por meio de parcerias com colegas dessas instituições. Já coordenou projetos financiados por órgãos de fomento como FINEP, CNPq, CAPES e FAPES, administrando recursos financeiros para aquisição e manutenção de equipamentos, material de consumo, contratação de serviços de terceiros, pagamento de bolsistas e realização de eventos científicos.

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Publicado

2021-04-16

Como Citar

DUARTE, E. B., NASCIMENTO, A. P. da S., GANDINE, S. M. da S., CARVALHO, J. R. de, BURAK, D. L., & NEVES, M. A. (2021). Liberação de potássio e sódio a partir de resíduos do beneficiamento de rochas ornamentais. Pesquisas Em Geociências, 48(1), e101373. https://doi.org/10.22456/1807-9806.101373