Panteísmo e a cosmovisão da poesia brasileira da belle époque: diálogos entre Augusto dos Anjos, Pedro Kilkerry e Gilka Machado.
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.75390Palabras clave:
Panteísmo, Poesia da belle époque, Poesia brasileira, Simbolismo, ModernidadeResumen
Este artigo apresenta considerações sobre o panteísmo em Augusto dos Anjos, Pedro Kilkerry e Gilka Machado, tomando-a como elemento integrador de uma cosmovisão comum a seus projetos estéticos particulares. Embora sua poesia se delineie a partir de dicção aparentemente distinta, os três parecem debruçar-se sobre motivos a eles comuns: a ânsia pelo absoluto, a busca de nexos que integrem todos os seres na ordem cósmica, a indagação sobre existência ou ausência de Deus, emergem nos versos de Augusto dos Anjos, Kilkerry e Gilka Machado, como notas de um conflito entre a constatação do vazio metafísico moderno e um esforço por reencantar o mundo à luz dos sistemas de pensamento populares entre fins dos oitocentos e início do século XX. Ecos do monismo haeckeliano, da estética metafísica de Schopenhauer, e da doutrina da potência de Nietzsche são ouvidas na lira desses três contemporâneos que parecem ter buscado resposta nos sistemas filosóficos modernos a antigas inquietações da poesia idealista. Ao contrário dos primeiros simbolistas, que lhes comunicaram a angústia diante da inacessibilidade do ideal, os poetas aqui considerados não parecem buscar o absoluto num mundo transcendente, mas no encantamento da realidade imanente, via a revelação de um cosmos animado pela perspectiva panteísta.Descargas
Los datos de descargas todavía no están disponibles.
Descargas
Publicado
2018-07-10
Cómo citar
Santos, F. R. da S. (2018). Panteísmo e a cosmovisão da poesia brasileira da belle époque: diálogos entre Augusto dos Anjos, Pedro Kilkerry e Gilka Machado. Nau Literária, 14(1). https://doi.org/10.22456/1981-4526.75390
Número
Sección
SEÇÃO LIVRE
Licencia
Direitos AutoraisAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License 3.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Isenção editorial
O conteúdo dos artigos publicados é de inteira responsabilidade de seus autores, não representando a posição oficial da Revista Nau Literária ou do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ou das instituições parceiras.