O fim do gerúndio esperançoso da formação do Brasil:

Nuno Ramos e a arte nacional

Autores

  • Pedro Duarte PUC-RIO

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.145639

Palavras-chave:

Nuno Ramos, formação, ensaio, mesmo, pandemia

Resumo

O artigo analisa textos e obras de arte de Nuno Ramos, com o objetivo de apontar uma inflexão no modo de pensar o Brasil e de relacionar estética e política. Para Nuno Ramos, o Brasil teria passado de um gerúndio esperançoso em que estaria se fazendo para uma repetição do mesmo na violência reiterada de sua história, frustrando uma ideia de formação. De ensaio geral aberto, como na imagem da fita de Moebius, teríamos passado ao enclausuramento fechado, como na imagem de um poço. No entanto, o artigo aponta que, se essa passagem depende da constatação de que a formação do Brasil já se completou, há um precedente disso na crítica literária de Antonio Candido, que pensa os impasses do país cifrados em sua formação, mais do que resolvidos por ela no futuro. Nuno Ramos responde com o que chamei de “gerúndio corajoso” ao fim do “gerúndio esperançoso”, através de uma politização de sua poética, evidente na Pandemia de Covid-19.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, Theodor. “O ensaio como forma”, in. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidade; 34, 2003.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994.

RAMOS, Nuno. Verifique se o mesmo. São Paulo: Todavia, 2019.

RAMOS. “Brasil enfrenta duplo apocalipse”, in Folha de S. Paulo, 03 de maio, 2020.

RAMOS. “Suspeito que estamos”, in Folha de S. Paulo, 28 de maio, 2014.

SCHWARZ, Roberto. Sequências brasileiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

Downloads

Publicado

2025-06-17

Como Citar

Duarte, P. (2025). O fim do gerúndio esperançoso da formação do Brasil:: Nuno Ramos e a arte nacional. Nau Literária, 21(1), p. 264 – 273. https://doi.org/10.22456/1981-4526.145639

Edição

Seção

Dossiê: Intérpretes do Brasil