Pessach e a travessia de Cony

engajamento do intelectual na ditadura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.143163

Palavras-chave:

Literatura e política, engajamento, ditadura civil-militar

Resumo

Este artigo apresenta uma leitura crítica do romance Pessach: a travessia, publicado em 1967 por Carlos Heitor Cony, sob o viés da conversão do intelectual ao engajamento político no contexto histórico da ditadura civil-militar brasileira. A partir da discussão do ideário em torno do papel dos intelectuais e da exigência do engajamento em situações políticas extremas, procuramos apresentar uma reflexão sobre o papel do romance no contexto político e cultural da época e o impacto que a obra causou entre a intelectualidade de esquerda. Busca-se também refletir sobre a leitura que o romance apresenta da conjuntura política e quais caminhos a obra aponta para seu público, uma intelectualidade consternada com os rumos políticos do país.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana Klafke, UFRGS

Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora EBTT no Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul).

Referências

ABENSOUR, Miguel. “O Heroísmo e o enigma do revolucionário”. In: NOVAES, Adauto (org.). Tempo e história. São Paulo: Secretaria Municipal da Cultura/Companhia das Letras,

BAKHTIN, Mikhail. “O problema do romance de educação”. In: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BARROS CASSAL, Alex. "Heróis em transe: o personagem revolucionário no cinema brasileiro." Tempo - Universidade Federal Fluminense, Niterói, n. 12, dez. 2001, p.153-171.

CADERNOS DE LITERATURA BRASILEIRA. Instituto Moreira Salles, n. 12, dez. 2001.

CONY, Carlos Heitor. Pessach: a travessia. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

DENIS, Benoît. Literatura e engajamento: de Pascal a Sartre. Bauru, SP: EDUSC, 2002.

FRANCIS, Paulo. 1967. “A travessia de Cony”. Revista Civilização Brasileira, ano III, n. 13, maio de 1967, p. 180-182.

HOHLFELDT, Antônio. “O caso Cony”. In: Cadernos de Literatura Brasileira. Instituto Moreira Salles, n. 12, dez. 2001.

KONDER, Leandro. “A Rebeldia, os Intelectuais e a Juventude”. Revista Civilização Brasileira, ano III, n. 15, setembro de 1967.

KUSHNIR, Beatriz. “Depor as armas – a travessia de Cony e a censura no Partidão”. Anos 90 - Revista do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 13, julho de 2000.

LUCENA, Suênio Campos de. 21 escritores brasileiros: uma viagem entre mitos e motes. São Paulo: Escrituras, 2001.

LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. São Paulo: Editora 34, 2000.

MARTINS, Marcos Francisco. “Gramsci, os intelectuais e suas funções científico-filosófica, educativo-cultural e política”. Pro-Posições, Campinas, v. 22, n. 3, set/dez 2011.

REIS FILHO, Daniel Aarão. A revolução faltou ao encontro: os comunistas no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1990.

ROSENFELD, Anatol. O mito e o herói no moderno teatro brasileiro. São Paulo: Editora Perspectiva, 1982.

Downloads

Publicado

2024-12-17

Como Citar

Klafke, M. (2024). Pessach e a travessia de Cony: engajamento do intelectual na ditadura. Nau Literária, 20(2), e–143163. https://doi.org/10.22456/1981-4526.143163

Edição

Seção

Dossiê: O Realismo e sua atualidade: arte, literatura e impasses intelectuais frente aos desafios da democracia