Regionalismo em Infância, de Graciliano Ramos
o norte da subjetividade
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.143154Palavras-chave:
Regionalismo, Infância, subjetividade, Realismo, Georg LukácsResumo
O presente artigo traz uma linha de interpretação da obra Infância (1945), de Graciliano Ramos, destacando a interrelação entre regionalismo e subjetividade estética do escritor, que se situa diante de sua formação em processo. O valor de uma literatura que represente a humanidade parece se relacionar essencialmente com a vida material dos personagens e, em grande medida, essa seleção se volta para as relações sociais que transforma o ambiente físico. Essa análise acompanha principalmente imagens do livro que já faziam parte da composição de sua obra mais tributária do chamado romance nordestino, Vidas Secas (1937). A forma como a obra incorpora traços do ambiente diz respeito principalmente ao alcance das ações e limitações dos personagens. Defendemos que sua obra, lida por esse prisma, pode trazer elementos do particular em relação ao universal renovados e surpreendentes através do realismo de Graciliano Ramos.
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