“Cuando la realidad fue más siniestra que las pesadillas”/"Cuando la realidad fue más siniestra que las pesadillas"
ficção, realidade, acaso e determinação em Doce Cuentos Peregrinos, de Gabriel Garcia Márquez/fiction, reality, chance and determination in Doce Cuentos Peregrinos, by Gabriel Garcia Márquez
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.142661Palavras-chave:
tragédia, contos, personagens, história, América LatinaResumo
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar a obra Doce Cuentos Peregrinos, de Gabriel García Márquez, explorando as categorias história, ficção, acaso e determinismo. Estes conceitos foram problematizados a partir do materialismo histórico e dialético, tendo por principais interlocutores Lukács (1966; 2009), Aristóteles (1993; 2007) e Candido (1998). A experiência das personagens nos contos selecionados culmina para uma tragédia da vida cotidiana. Contudo, desse movimento dialético entre acaso e determinismo, a arte, a criatividade e a imaginação rompem com esse encadeamento e nos relembram que somos nós, os seres humanos, que construímos e podemos reconstruir uma outra sociabilidade.
Palavras-chave: tragédia; contos; personagens; história; América Latina
Abstract: This article aims to analyze the work Doce Cuentos Peregrinos, by Gabriel García Márquez, exploring the categories of history, fiction, chance and determinism. These concepts were problematized from historical and dialectical materialism, with Lukács (1966; 2009), Aristotle (1993; 2007) and Candido (1998) as the main interlocutors. The experience of the characters in the selected tales culminates in a tragedy of everyday life. However, from this dialectical movement between chance and determinism, art, creativity and imagination break with this chain and remind us that it is we, human beings, who build and can rebuild another sociability.
Keywords: tragedy; tales ; characters; history; Latin America
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