Pedro Mexia e a poesia em tempos de vida a crédito
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.140488Resumen
Relação tensa entre a poética do poeta português contemporâneo Pedro Mexia com as imposições do capitalismo financeiro instaurado nos anos sessenta do século vinte. Em Contratempo (2016), há poemas que apresentam uma contradicção distópica em relação à nova ordem vigente, principalmente ao se posicionarem criticamente frente às banalidades impostas aos indivíduos pela economia neoliberal. Por meio da descrição de resquícios de coisas materiais, os poemas de Mexia reverberam, em um tom memorialístico, o desencanto, o fracasso e sobretudo a melancolia do eu frente às imposições do capitalismo financeiro.
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