Transamazônica e a grande batalha: tempo de estrada e a vitória sobre o inferno verde
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.127433Resumo
O presente texto tem como propósito refletir sobre a obra da literatura nacional Tempo de estrada - 20 poemas da Transamazônica. Esta obra, iniciativa do Ministério dos Transporte coordenada por Walter Duarte em 1972, integra um conjunto de publicações coletadas ao longo de anos de pesquisa e suscita reflexões sobre temáticas que permearam o ambiente de construção da rodovia Transamazônica (BR - 230) na década de 1970. Neste estudo delimita-se para a análise o seu significado dentro de um imaginário sobre a Amazônia brasileira que encontra raízes nas páginas literárias do início do século XX e que ganha novas conotações com o advento da rodovia. Para sua consecução foi feita a consulta a fontes bibliográficas, audiovisuais e documentais que remetem ao evento histórico, como a revista Manchete, a pesquisadores da temática, como Martins de Souza (2012), bem como a leitura analítica de outras obras e ensaios da literatura sobre a Amazônia, como Inferno Verde Alberto Rangel (2008) e À Margem da História de Euclides da Cunha (2006). Observou-se nessa abordagem a proposição de uma nova conotação estética no âmbito de uma representação sobre a Amazônia, especificamente no que tange a repercussão da alegoria “inferno verde”.
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