Horror vacui insistente: neobarroco em O rei de Havana
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.125839Palavras-chave:
Neobarroco, Artifícios, Literatura cubanaResumo
Este artigo tem como objetivo principal identificar e analisar os artifícios neobarrocos no romance O Rei de Havana (2017), do cubano Pedro Juan Gutiérrez. O referencial teórico para a análise pretendida são os artifícios neobarrocos desenvolvidos pelo também cubano Severo Sarduy, quem aponta três mecanismos principais para a constituição do neobarroco latino-americano: a substituição, a proliferação e a dobragem-condensação, mas com certa importância também para a citação intertextual e a intratextual. Pedro Juan Gutiérrez, por formação jornalística, considera sua própria escrita como marcada por traços jornalísticos que de certa forma contrariam os de Sarduy, mas O Rei de Havana possui marcas que o inserem no grupo de romances neobarrocos da América Latina.
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