Um barco invisível num rio sem margens: uma análise de “Acontecimento em Vila Feliz”, de Aníbal Machado
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.123925Palavras-chave:
Aníbal Machado, Conto, Cultura popularResumo
Quando publicado pela primeira vez, em 1944, “Acontecimento em Vila Feliz”, de Aníbal Machado, foi recebido com ressalvas pelo crítico Sérgio Milliet. Republicado, em 1959, com fortes alterações, o conto recebeu posteriormente poucas leituras críticas. Utilizando o método bibliográfico, este artigo tem como objetivo analisar o referido conto de Aníbal Machado, observando-se a recorrência da ideia de ausência em relação aos personagens Helena e Mário. O tema será abordado em três momentos em relação à narrativa: na parte da suposta gravidez; em relação à figura do marido; e em relação à fuga de Helena do vilarejo onde vivia. Observar-se-á, como leitura possível, o aspecto sugestivo relacionado à ideia de morte que caracteriza a narrativa ficcional. Para isso, também recorremos à primeira versão do conto publicada no livro Vila feliz. Para a realização deste trabalho, utilizamos os estudos de Milliet (1981), Cortázar (2008), Weg (1997), Coelho (2010), Tokimatsu (2017), Gonçalves (1945), dentre outros.
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