Ser galinha. Ou: o estado de galinha, em Clarice Lispector
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.116874Palavras-chave:
Clarice Lispector, estado de galinha, galinha, alheamento do realResumo
Este artigo propõe apresentar a relevância da concepção de estado de galinha, formulada por nós, na construção textual da obra de Clarice Lispector. Visto, sobretudo, da perspectiva do alheamento do real, o estado de galinha está presente tanto nos textos em que o animal galinha é retratado, quanto nos textos em que os personagens humanos, em sua maioria femininos, optam por esse alheamento do mundo real, próprio do animal galinha, como atestam muitos dos narradores claricianos. Desse modo, podemos concluir que o estado de galinha se inscreve na obra de Lispector por duas vias: enquanto tema, como observamos, por exemplo, no conto “Amor”, presente em Laços de família; e enquanto efeito criador, como constatamos, por exemplo, na estrutura em formato de ovo do conto “O ovo e a galinha”, presente em A legião estrangeira. Dada a devida importância do tema para as questões do nosso presente, este artigo será dividido em dois momentos: no primeiro, pretendemos definir o conceito de estado de galinha e a sua reverberação textual a partir das ações dos personagens humanos; e, no segundo, discutiremos a diferença supostamente existente entre o olhar do animal e o olhar humano.
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