“Tudo o que tu escreveste, eu sei” - a tradição de uma literatura escrita por mulheres diaspóricas: o encontro da brasileira Carolina Maria de Jesus com a martinicana Françoise Ega
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.104860Palavras-chave:
Carolina Maria de Jesus, Françoise Ega, tradução literária, escritoras diaspóricasResumo
O presente artigo examina o encontro entre a escritora brasileira Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e a escritora martinicana Françoise Ega (1920-1976) buscando lançar uma discussão sobre a tradição de uma literatura escrita por mulheres diaspóricas e periféricas. Com a publicação de Quarto de despejo: diário de uma favelada, a escritora negra, favelada e catadora de papel Carolina Maria de Jesus revolucionou sua época. Quarto de despejo foi traduzido para catorze línguas diferentes. Uma dessas traduções, mais precisamente um pequeno resumo de Quarto de despejo traduzido para o francês, chega às mãos de Françoise Ega, uma martinicana que emigrou para a França durante a segunda guerra mundial. É a partir desse contato que Ega não somente se identifica nas palavras da escritora brasileira, como enxerga também o dia a dia de muitas de suas companheiras imigrantes antilhanas ali. Dessa maneira, ela decide escrever um livro em formato de cartas endereçadas a Carolina Maria de Jesus para contar a sua irmã brasileira como suas histórias se pareciam. E assim nasce Lettres à une noire, publicado em 1978, após a morte de Françoise e também de Carolina.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2020-07-01
Como Citar
Siqueira, S. (2020). “Tudo o que tu escreveste, eu sei” - a tradição de uma literatura escrita por mulheres diaspóricas: o encontro da brasileira Carolina Maria de Jesus com a martinicana Françoise Ega. Nau Literária, 16(1), 129–147. https://doi.org/10.22456/1981-4526.104860
Edição
Seção
Dossiê
Licença
Direitos AutoraisAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License 3.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Isenção editorial
O conteúdo dos artigos publicados é de inteira responsabilidade de seus autores, não representando a posição oficial da Revista Nau Literária ou do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ou das instituições parceiras.