Marka, Ayllu y W'aka en São Paulo y Buenos Aires: La transterritorialización aymara y quechua en situación migratoria
TRANSTERRITORIALIZAÇÃO AYMARA E QUECHUA EM SITUAÇÃO MIGRATÓRIA
Resumen
Desde o final do século passado, os territórios ancestrais quechua e aymara, Tawantinsuyu e Kollasuyu, respectivamente, vêm se expandindo e se reafirmando para além dos seus limites territoriais históricos. Em Buenos Aires e em São Paulo, como em Lima e em Santiago do Chile, muitas das pessoas migrantes vindas do eixo territorial altiplânico centro-andino e entendidas apenas em sua identidade nacional-republicana, como bolivianas e peruanas, também se autodeclaram enquanto aymaras e quechuas. Há milhares de quilômetros de distância e há mais de três mil metros de altitude de diferença, essas pessoas vão constituindo seus territórios indígenas entre vizinhos e familiares, entre seus grupos de música e dança e suas articulações políticas. A afirmação de seus elementos territoriais comunitárias, como o ayllu, e sagradas, como as w’akas, se dá de forma negocial, possivelmente sinérgica ou inevitavelmente conflitiva. Pendentes entre Buenos Aires e São Paulo, veremos de forma comparativa como se vêm dando alguns destes processos de readaptação e disputa de territórios e, através deles, de reafirmação da existência aymara e quechua fora do território de origem.