PESQUISADORES BANIWAS: DOMESTICANDO OS CONHECIMENTOS E A TECNOLOGIA DO BRANCO
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-6524.87655Keywords:
Relações Inter-Científicas, Economia da Predação Ameríndia, Baniwa.Abstract
Neste artigo, apresento reflexões a partir de uma etnografia realizada em redes sociotécnicas formadas em torno de duas pesquisas que contaram com a participação direta – enquanto pesquisadores indígenas – de jovens da etnia Baniwa, visando o estabelecimento de um diálogo entre a perspectiva dos cientistas e o conhecimento indígena. Tal participação também surge como uma demanda das lideranças indígenas, em um contexto de problematização das relações entre pesquisadores e comunidades da região do Alto Rio Negro. Essa problematização das relações intercientíficas se insere em uma conjuntura histórica mais ampla, que teve início com a promulgação da Convenção sobre Diversidade Biológica, na década de 1990, e a instauração de novos princípios jurídicos-governamentais no que se refere ao chamado acesso aos conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade. Busca-se analisar a perspectiva baniwa sobre o papel de mediação exercido por esses jovens na relação com os pesquisadores brancos, de forma a destacar a forma como esse movimento se insere em uma economia da alteridade formulada em torno dos conceitos de predação e domesticação de saberes, mercadorias e tecnologias, algo já descrito na literatura etnológica como devir-branco.Downloads
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Published
2019-12-31
How to Cite
SOARES DA SILVEIRA, D. PESQUISADORES BANIWAS: DOMESTICANDO OS CONHECIMENTOS E A TECNOLOGIA DO BRANCO. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 13, n. 2, p. 79, 2019. DOI: 10.22456/1982-6524.87655. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/87655. Acesso em: 27 apr. 2025.
Issue
Section
ARTICLES