AS COSMOVISÕES DOS POVOS INDIGENAS KICHWAS E WAORANIS, BUEN VIVIR E A INICIATIVA YASUNI-ITT

Authors

  • Janete Schubert Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora associada a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO). E-mail: killari.jschubert@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.117798

Keywords:

Iniciativa Yasuni-ITT. Povos indígenas. Extrativismo. Buen Vivir. Decolonialidade

Abstract

Neste artigo discutimos as cosmovisões dos povos indígenas das etnias Kichwas e Waoranis com relação à proposta da Iniciativa Yasuni-ITT no Equador. Adotamos uma metodologia de cunho qualitativo para esta pesquisa, a qual foi realizada na Região Amazônica Equatoriana (RAE), em 2017. Nosso percurso empírico-analítico visou mapear e compreender a(s) perspectiva(s) dos povos indígenas sobre a proposta da Iniciativa Yasuni-ITT e da exploração de petróleo nos territórios de possessão ancestral. Como também, discutimos o turismo comunitário como uma das alternativas de desenvolvimento voltado ao Sumak Kawsay/Buen Vivir e ecoamos alguns processos de resistência contra o extrativismo desde as comunidades indígenas. O campo nos propiciou perceber como se manifestam no mundo vivido as cosmovisões destes povos, sobretudo no que tange à forma de se relacionar com o território e com outras formas de vida. Recordemos que para estas cosmovisões um aspecto importante é o relacional, sendo assim não existe a ideia de indivíduo, porque somos família, somos comunidade, não existe um eu separado dos outros, por isso intersomos: eu sou porque tu és; que também é a filosofia Ubuntu na África.

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Author Biography

Janete Schubert, Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora associada a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO). E-mail: killari.jschubert@gmail.com

Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, CAPES 7). Pesquisadora associada à Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), instituição presente em quinze países, desde 2017. Mestre em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Realizou curso pela International People´s Health University (IPHU) em Havana, Cuba. Foi professora na Universidade de Cruz Alta de 2013 a 2019, trabalhando com as disciplinas de sociologia geral, urbana e jurídica e antropologia geral e jurídica. Atuou como assessora no Programa de Formação continuada dos Professores de educação Básica da Rede Pública da Macrorregião Missioneira - Noroeste do Estado do RS/ Grupo de Trabalho de Sociologia, em 2014. Participou do Programa Rede Escola de Governo, atuando em processos formativos em 20 municípios do Rio Grande do Sul, em 2014. Coordenou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID na Universidade de Cruz Alta, no ano de 2018. Integrou o núcleo de direitos humanos da Unicruz. Participou em diversos projetos de extensão universitária, coordenou a missão Jenipapo do Projeto Rondon na cidade de Icatu, no Maranhão, realizando ações em territórios quilombolas. Foi colaboradora na II expedição Brasil/Argentina - TECHO, juntos por um mundo sem pobreza, em Misiones/Argentina. Participou como colaboradora da Expedição Canadá-Brasil da Universidade de Montreal, em 2015. Professora convidada do Instituto Josué de Castro desde 2003. Participou como pesquisadora da missão exploratória para ONG Francesa Médicis du Monde no Uruguai. Desenvolve pesquisas e trabalhos acadêmicos sobre os seguintes temas: Sumak Kawsay/Buen Vivir, decolonialidade, ecofeminismo, dinâmicas extrativistas no contexto dos países Brasil, Equador, Bolívia e Peru. Trabalhou com populações Kichwas/quéchuas no Equador e Peru e Mapuches no Chile. Atualmente integra o Groupe de recherche interdisciplinaire sur les territoires de lextractivisme (GRITE) do Canadá. Além do âmbito acadêmico, atuou em diversas ONG´s nacionais e internacionais. Foi Diretora Executiva da ONG PROAME que trabalha na defesa de direitos humanos de crianças e adolescentes. Coordenou o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM) no Estado do Rio Grande do Sul. Foi coordenadora da equipe técnica do projeto Mulheres da Paz (Programa do Ministério da Justiça). Tem experiência em ensino, pesquisa e extensão e na coordenação de projetos e politicas públicas em direitos humanos. Integrante do People´s Health Movement presente em 90 países e do Movimento pelo Buen Vivir Global. É membro da Assembleia Socioambiental Latino-americana. Integra o coletivo feminista Angela Davis.

Published

2021-12-23

How to Cite

SCHUBERT, J. AS COSMOVISÕES DOS POVOS INDIGENAS KICHWAS E WAORANIS, BUEN VIVIR E A INICIATIVA YASUNI-ITT. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 15, n. 3, p. 137, 2021. DOI: 10.22456/1982-6524.117798. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/117798. Acesso em: 3 may. 2025.

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