MARKA, AYLLU E W’AKA EM SÃO PAULO (BRASIL) E EM BUENOS AIRES (ARGENTINA)

TRANSTERRITORIALIZAÇÃO AYMARA E QUECHUA EM SITUAÇÃO MIGRATÓRIA

Autores

  • Cristina de Branco ISCTE/NOVA/CRIA

Resumo

Desde o final do século passado, os territórios ancestrais quechua e aymara, Tawantinsuyu e Kollasuyu, respectivamente, vêm se expandindo e se reafirmando para além dos seus limites territoriais históricos. Em Buenos Aires e em São Paulo, como em Lima e em Santiago do Chile, muitas das pessoas migrantes vindas do eixo territorial altiplânico centro-andino e entendidas apenas em sua identidade nacional-republicana, como bolivianas e peruanas, também se autodeclaram enquanto aymaras e quechuas. Há milhares de quilômetros de distância e há mais de três mil metros de altitude de diferença, essas pessoas vão constituindo seus territórios indígenas entre vizinhos e familiares, entre seus grupos de música e dança e suas articulações políticas. A afirmação de seus elementos territoriais comunitárias, como o ayllu, e sagradas, como as w’akas, se dá de forma negocial, possivelmente sinérgica ou inevitavelmente conflitiva. Pendentes entre Buenos Aires e São Paulo, veremos de forma comparativa como se vêm dando alguns destes processos de readaptação e disputa de territórios e, através deles, de reafirmação da existência aymara e quechua fora do território de origem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2023-04-29

Como Citar

BRANCO, C. de. MARKA, AYLLU E W’AKA EM SÃO PAULO (BRASIL) E EM BUENOS AIRES (ARGENTINA): TRANSTERRITORIALIZAÇÃO AYMARA E QUECHUA EM SITUAÇÃO MIGRATÓRIA. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 17, n. 1, p. 172–203, 2023. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/130891. Acesso em: 27 abr. 2025.

Edição

Seção

DOSSIÊ