A RELEVÂNCIA DO EMPREGO PARA O TEMPO DE CONCLUSÃO DO DOUTORADO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22456/2176-5456.121934Palavras-chave:
Pós-graduação, Educação superior, Duração do doutorado, Efeitos fixos de programaResumo
Este artigo investiga se o emprego é um preditor relevante do tempo que estudantes de doutorado levam para concluir o programa e obter o título no Brasil. Com base na teoria do capital humano, argumenta-se que atividades profissionais podem alterar os custos e benefícios encarados pelos estudantes, devido ao esforço adicional necessário para equilibrar e emprego com as exigências para permanecer e progredir no programa. Com base nesse argumento, a primeira hipótese investigada é de que há uma correlação positiva (condicionada às covariáveis relevantes) entre o emprego durante o doutorado e o tempo esperado para concluí-lo com sucesso. A segunda hipótese é de que o emprego no setor público prediz um tempo de conclusão menor do que o emprego no setor privado. Essas associações são testadas empiricamente utilizando uma base nova de dados com informações de estudantes de doutorado brasileiros disponíveis na base da CAPES, combinadas com dados de emprego do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS). Os resultados sugerem que, mantendo as demais variáveis constantes, cada ano do doutorado em que o estudante está empregado se encontra associado a 0,145 ano adicional necessário para a conclusão do programa. O emprego no setor público prediz um tempo maior de conclusão em comparação ao emprego no setor privado, mas a diferença entre os coeficientes estimados é pequena e não significativa. Esses resultados fornecem informações relevantes para o desenho e melhoria de programas de doutorado e sistemas de avaliação, a fim de reconhecer e levar em consideração o contexto no qual esses estudantes desenvolvem seus estudos e pesquisas.
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