Análise da soroprevalência do herpesvírus bovino tipo-1 e do cortisol sérico em diferentes situações de manejo no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.22456/1679-9216.17309Keywords:
IBR, BHV-1, Desmame precoce, Estresse, Cortosil séricoAbstract
Em quatro artigos estudou-se as variações de cortisol sérico frente a diferentes situações de manejo, a soroprevalência e dinâmica do BHV-1 e taxas de prenhez e abortos em gado de corte. No primeiro, foram avaliados os níveis de cortisol sérico frente a situações de manejo. Os níveis de cortisol sérico nas terneiras de 80 dias de idade (0,22 ± 0,25 ug/dl) diferiram significativamente de todas as categorias (P < 0,001), com exceção das terneiras de 180 dias (P = 0,81). As terneiras com 180 dias (0,91 ± 0,43 ug/dl) não diferiram das novilhas de um ano e dois anos (1,97 ± 1,40 ug/dl e 2,15 ± 1,41 ug/dl, respectivamente), mas diferiram das vacas. As novilhas nas duas idades não diferiram das vacas de três até oito anos de idade (3,25 ± 1,89 ug/dl; 2,62 ± 1,27 ug/dl; 2,42 ± 0,93 ug/dl; 3,12 ± 0,69 ug/dl; 2,89 ± 0,41 ug/dl; 2,12 ± 1,22 ug/dl, respectivamente). Os touros de um ano (1,00 ± 0,73 ug/dl), de dois anos (0,89 ± 0,43 ug/dl) e três anos (1,44 ± 0,60 ug/dl) diferiram estatisticamente das terneiras de 80 dias de idade e das vacas. Frente a uma situação evidente de estresse (castração), o cortisol sérico variou cinco vezes, indo de 0,66 ug/dl para 3,36 ug/dl. Estes resultados indicam que há uma variação de cortisol sérico, com a idade, em bovinos de corte, e que este hormônio pode elevar-se diante de uma situação de estresse. O artigo 2 determinou o cortisol em terneiras e examinou as variações em função do tipo de desmame (precoce e tradicional). As coletas foram feitas 24, 48, 72 e 168 horas pós-desmame. Os animais foram pesados para avaliar o ganho de peso nos dois grupos. Os valores de cortisol sérico no grupo precoce elevaram-se de 0,22 ± 0,25 ug/dl, em níveis basais antes do desmame, para 0,71 ± 0,64 ug/dl nas 24 horas pósdesmame, baixando para 0,26 ± 0,30 ug/dl em uma semana. No grupo tradicional elevaram-se de 0,91 ± 0,43 ug/dl, em níveis basais antes do desmame para 1,94 ± 0,89 ug/dl nas 24 horas, baixando para 0,99 ± 0,46 ug/dl em uma semana. O trabalho mostrou que: houve elevação nos níveis séricos de cortisol nas primeiras 24 horas pós-desmame, o grupo desmamado tradicionalmente teve um ganho de peso significativamente superior (P < 0,001) ao grupo desmamado precocemente; no desempenho reprodutivo não houve diferenças significativas nas taxas de prenhez e de perdas. No terceiro artigo foi estimada por soroneutralização a soroprevalência de anticorpos contra o BHV-1 em animais não vacinados e determinou-se a chance de apresentarem a infecção, em diversas categorias animais. Em todas as categorias ocorreram animais soropositivos.Cabe salientar que, após o primeiro serviço, nas novilhas de dois anos, a soroprevalência para o BHV-1 aumentou dez vezes, indo de 3,85% para 38,5%. A soroprevalência aumenta, conforme a idade, de forma significativa (P < 0,001) após o período reprodutivo. No quarto artigo foram avaliadas as taxas de prenhez e de perdas, até o parto, em propriedades rurais que utilizam, ou não, uma vacina que protege para doenças reprodutivas. Acompanhou-se 27.774 vacas (13.477 vacinadas e 14.297 não vacinadas), por quatro tmporadas reprodutivas, com IA e repasse com touros. O índice geral de prenhez das vacas vacinadas foi de 72,7% e, das vacas não vacinadas, foi de 70,4%. Essa diferença, considerando as 27.774, foi estatisticamente significativa (P < 0,001). A taxa de perdas (abortos) das vacas vacinadas foi de 2,38% e, das vacas não vacinadas, de 2,98%. Essa diferença, considerando um total de 19.865 vacas prenhas, foi estatisticamente significativa (P=0,004).
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