Maturação e fecundação in vitro de ovócitos de caninos domésticos (Canis familiaris)
DOI:
https://doi.org/10.22456/1679-9216.16817Palavras-chave:
Caninos, Ovócito, In vitro, Maturação, Fecundação, Clivagem, Temperatura, Ciclo estralResumo
Este estudo foi realizado com os objetivos de 1) determinar a eficácia de duas temperaturas (37
0 C e 390 C) e três intervalos de tempo (48, 72 e 96h) na maturação in vitro (MIV) de ovócitos caninos, 2) verificar o efeito de FSH, estradiol, somatotropina humana (hST), albumina sérica bovina (BSA), soro de vaca em estro (SVE) e soro de cadela em estro (SCE) na MIV de ovócitos caninos, 3) observar a influência da condição reprodutiva das doadoras de ovários sobre os índices de MIV, 4) verificar a habilidade para fecundação in vitro (FIV) e desenvolvimento embrionário in vitro de ovócitos coletados de fêmeas em diferentes estágios do ciclo estral. O meio de maturação usado foi TCM-199 com Hepes, SVE, gentamicina, bicarbonato de sódio, ácido pirúvico, estradiol, FSH e hCG. O meio de maturação era modificado de acordo com a proposta experimental. Os resultados do primeiro experimento não mostraram diferença no índice de meiose de ovócitos maturados à 37oC ou à 39oC em quaisquer dos intervalos testados. No segundo experimento, os índices mais elevados de retomada da meiose após 72 horas da MIV foram obtidos, quando TCM-199 era suplementado com BSA. Ovócitos maturados em TCM-199 com SCE não se desenvolveram até o estádio de metáfase II (MII). No terceiro experimento, os resultados de maturação dos ovócitos não mostraram diferença na progressão do material nuclear até MII entre os ovócitos provenientes de cadelas em várias condições reprodutivas. No experimento de FIV, os ovócitos foram distribuídos em 3 grupos de acordo com o estágio do ciclo estral da doadora em folicular, anestro e luteal. Após maturação, os ovócitos eram fecundados e cultivados in vitro. O índice de ovócitos desenvolvendo-se em embriões foi de 10,1%. O índice de clivagem foi similar nas fases reprodutivas. Foi verificada influência da fase folicular sobre o desenvolvimento de pronúcleos. Não foi estabelecida correlação entre a proporção de espermatozóides capacitados ou com reação acrossômica e formação pronuclear e/ou percentagem de clivagem. Concluiu-se que: a) ovócitos caninos podem ser maturados in vitro a 39oC e 37oC. b) a adição de FSH, estradiol, hST, BSA, SVE e SCE ao meio TCM-199 não eleva os índices de maturação nuclear até MII de ovócitos caninos maturados in vitro. c) em cães, a seleção de ovócitos com base na coleta dentro de um estágio específico do ciclo estral não deve ser usada para prever índices de meiose ou habilidade para desenvolvimento embrionário in vitro. d) ovócitos caninos maturados, fecundados e cultivados in vitro podem se desenvolver a zigotos com até 8 células.
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