Redução do número de espermatozóides por fêmea suína inseminada por ano
DOI:
https://doi.org/10.22456/1679-9216.15113Keywords:
Inseminação artificial, Inseminação intra-uterina, Redução do número de espermatozóidesAbstract
Na inseminação artificial de suínos, são utilizados de 9 a 12 bilhões de espermatozóides por fêmea inseminada. A utilização de menor número de espermatozóides, sem interferir na performance reprodutiva das fêmeas, poderia otimizar o uso dos machos e reduzir os custos de inseminação. Esta tese foi dividida em três experimentos para avaliar o efeito da redução do número de espermatozóides por fêmea inseminada com a técnica tradicional ou intra-uterina. No experimento 1 foram utilizadas 218 leitoas Camborough 22
® inseminadas em três intervalos antes da ovulação (0-12, 13-23 e 24-30 h), com doses inseminantes (DIs) contendo 1,5 bilhão de espermatozóides e armazenadas por 0-48 h ou 96-120 h. As leitoas receberam uma única inseminação. As fêmeas foram abatidas aos 30,8±3,7 dias de gestação para contagem do número de corpos lúteos (CL) e embriões totais (ET). A taxa de prenhez (TPr) foi influenciada pelo intervalo inseminação-ovulação (IAOV) quando o sêmen foi armazenado por 96-120 h (P<0,05). Da mesma forma, a interação tempo de armazenamento do sêmen e o intervalo IAOV afetou (P<0,05) o ET e a sobrevivência embrionária (SE). Quando o período de armazenamento do sêmen foi de 120 h e o intervalo IAOV de 24-30h, foi observada redução no ET e na SE. No experimento 2 foi avaliado o efeito do intervalo IAOV e do número de espermatozóides na DI em fêmeas submetidas à inseminação intra-uterina (IAU). Foram utilizadas 66 matrizes pluríparas Camborough 22®. As fêmeas foram distribuídas em quatro tratamentos (doses de 1 ou 2 bilhões de espermatozóides diluídos em 60 ml e intervalo IAOV de 0-24 e 25-36 h). As fêmeas receberam uma única IAU. No momento da inseminação, não foi observado refluxo de sêmen. A passagem do cateter pela cérvix foi possível em todas as fêmeas. Foi observada presença de sangue em 1,7% das fêmeas. Aos 31±4,3 dias de gestação, as fêmeas foram abatidas para contagem dos CL e ET. A TPr e a SE não foram afetadas pelo número de espermatozóides ou pelo intervalo IAOV. O ET não foi influenciado pelo número de espermatozóides, mas foi reduzido para o intervalo IAOV de 25-36 h comparado a 0-24h (P<0,05). No experimento 3 foram utilizadas 298 fêmeas Camborough 22® com o objetivo de comparar o desempenho reprodutivo de fêmeas submetidas à IAU e a inseminação tradicional. As fêmeas foram distribuídas em dois tratamentos: T1: IAU com DIs contendo 0,5 bilhão de espermatozóides em um volume total de 20 ml; T2: inseminação tradicional com DIs contendo 3,0 bilhões de espermatozóides em um volume total de 90 ml. As fêmeas receberam múltiplas inseminações. Foi possível a realização da IAU em 98,1% das fêmeas. A presença de sangue, na extremidade do cateter ou espiral da pipeta de IAU, foi observada em 8,4 % das fêmeas. A TPr e taxa de parto ajustada não diferiram entre os tratamentos. No entanto, o tamanho da leitegada foi menor (P<0,05) na IAU quando comparado à tradicional. Na inseminação artificial tradicional, em leitoas, é possível utilizar 1,5 bilhão de espermatozóides sem que a TPr, ET e SE sejam comprometidas. Para a IAU, a utilização de 1 bilhão de espermatozóides não compromete o desempenho reprodutivo.
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